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55% morrem antes do transplante
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando as doenças do fígado
atingem estados avançados, a
única solução é o transplante. Segundo Sérgio Mies, que coordena
o programa de transplante de fígado do hospital Albert Einstein,
o tempo médio de espera é hoje
de três anos; 55% morrem antes
de chegar a vez. "As doações de
órgão vêm aumentando, mas as
filas e as mortes estão crescendo
mais rapidamente", diz o médico.
Sabe-se, com a pesquisa da Seade, que o álcool é responsável por
pouco mais da metade de todas as
mortes por doença do fígado entre homens de 35 a 59 anos. Para
as mulheres dessa faixa etária, as
doenças do fígado ocupam o oitavo lugar entre as causas de morte.
O consumo diário e pesado de
álcool por oito a dez anos causa
cirrose hepática. As células normais viram cicatrizes, e a doença
torna-se irreversível.
O álcool também pode causar
inflamações no fígado (hepatite
alcoólica) e o acúmulo de gordura
no órgão. Mas também a hepatite
B (que tem vacina) e a hepatite C
(que não tem imunizante) podem
causar as mesmas doenças.
Os médicos ainda alertam que a
cirrose hepática pode levar a um
câncer. "Muitos morrem antes da
chegada do câncer", diz. A cirrose
pode aumentar a pressão nas
veias do intestino ou gerar varizes
no estômago capazes de levar à
morte por sangramento.
(AB)
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