São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2004

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55% morrem antes do transplante

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando as doenças do fígado atingem estados avançados, a única solução é o transplante. Segundo Sérgio Mies, que coordena o programa de transplante de fígado do hospital Albert Einstein, o tempo médio de espera é hoje de três anos; 55% morrem antes de chegar a vez. "As doações de órgão vêm aumentando, mas as filas e as mortes estão crescendo mais rapidamente", diz o médico.
Sabe-se, com a pesquisa da Seade, que o álcool é responsável por pouco mais da metade de todas as mortes por doença do fígado entre homens de 35 a 59 anos. Para as mulheres dessa faixa etária, as doenças do fígado ocupam o oitavo lugar entre as causas de morte.
O consumo diário e pesado de álcool por oito a dez anos causa cirrose hepática. As células normais viram cicatrizes, e a doença torna-se irreversível.
O álcool também pode causar inflamações no fígado (hepatite alcoólica) e o acúmulo de gordura no órgão. Mas também a hepatite B (que tem vacina) e a hepatite C (que não tem imunizante) podem causar as mesmas doenças.
Os médicos ainda alertam que a cirrose hepática pode levar a um câncer. "Muitos morrem antes da chegada do câncer", diz. A cirrose pode aumentar a pressão nas veias do intestino ou gerar varizes no estômago capazes de levar à morte por sangramento. (AB)


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