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Estado debaterá reajuste só com quem não parou
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria da Saúde do Estado
de São Paulo decidiu negociar
reajuste salarial apenas com os
servidores que não aderiram à
greve da categoria, iniciada no último dia 10. Ontem, os funcionários decidiram em assembléia
continuar a paralisação por tempo indeterminado.
Em razão da continuidade da
greve, a secretaria divulgou uma
nota informando que os diretores
de unidades estaduais que não
aderiram à greve estão orientados
a reunir representantes dos funcionários e montar uma comissão
de negociação com o governo.
A pasta informou que não abrirá negociação com os funcionários que participam da greve e que
não pagará os dias parados.
Segundo o Sindsaúde (sindicato
dos servidores estaduais da saúde), há 37 mil servidores paralisados. Para a secretaria, são 840. O
reajuste pedido é de 30%.
Em nota, o Sindsaúde divulgou
que avalia a determinação da secretaria como "um crime contra a
organização do trabalho, tipificado no Código Penal" e também
desrespeita a Constituição brasileira, que reconhece o direito à organização sindical e à greve.
A assessoria de imprensa da secretaria disse que ninguém comentaria a nota do sindicato.
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