São Paulo, Sexta-feira, 04 de Junho de 1999
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Netto tem 40 anos de profissão

da Reportagem Local

O desembargador Amador da Cunha Bueno Netto tem 40 anos de magistratura e já se envolveu em outros julgamentos polêmicos, como no que decidiu colocar em liberdade João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha.
Na época, havia uma liminar impedindo que Costa fosse solto porque havia a suspeita de que ele não tinha condições de voltar a ter convívio social.
O desembargador concedeu outra liminar liberando Costa. Ontem, Cunha Bueno disse não se arrepender da decisão que tomou. "Se tivesse julgado de forma diferente, não teria acontecido o que aconteceu, mas a lei fala que em 30 anos tem que soltar, então vamos soltar."
O Bandido da Luz Vermelha acabou morrendo com um tiro na cabeça após uma briga, quatro meses depois de ser solto.
No campo político, foi de Cunha Bueno a decisão que suspendeu temporariamente o inquérito policial do caso conhecido como Frangogate.
Era uma investigação sobre a suposta venda superfaturada de frango por parte de empresa da família do ex-prefeito Paulo Maluf para a Prefeitura de São Paulo.
Ele também deu decisão favorável a Maluf quando concedeu liminar, no ano passado, que impedia que o ex-prefeito fosse indiciado pela suposta não-aplicação de 30% da receita tributária da cidade em educação nos anos de 95 e 96.
No caso da CPI da máfia, Cunha Bueno também teve que decidir se autorizava ou não a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-vereador e atual deputado estadual Hanna Garib (suspenso do PPB).
Primeiro, ele concedeu liminar favorável à quebra. Depois, acatou pedido de um advogado de Garib para que os dados não fossem tornados públicos.


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