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Netto tem 40 anos de profissão
da Reportagem Local
O desembargador Amador
da Cunha Bueno Netto tem 40
anos de magistratura e já se envolveu em outros julgamentos
polêmicos, como no que decidiu colocar em liberdade João
Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha.
Na época, havia uma liminar
impedindo que Costa fosse solto porque havia a suspeita de
que ele não tinha condições de
voltar a ter convívio social.
O desembargador concedeu
outra liminar liberando Costa.
Ontem, Cunha Bueno disse não
se arrepender da decisão que
tomou. "Se tivesse julgado de
forma diferente, não teria
acontecido o que aconteceu,
mas a lei fala que em 30 anos
tem que soltar, então vamos
soltar."
O Bandido da Luz Vermelha
acabou morrendo com um tiro
na cabeça após uma briga, quatro meses depois de ser solto.
No campo político, foi de Cunha Bueno a decisão que suspendeu temporariamente o inquérito policial do caso conhecido como Frangogate.
Era uma investigação sobre a
suposta venda superfaturada
de frango por parte de empresa
da família do ex-prefeito Paulo
Maluf para a Prefeitura de São
Paulo.
Ele também deu decisão favorável a Maluf quando concedeu liminar, no ano passado,
que impedia que o ex-prefeito
fosse indiciado pela suposta
não-aplicação de 30% da receita tributária da cidade em educação nos anos de 95 e 96.
No caso da CPI da máfia, Cunha Bueno também teve que
decidir se autorizava ou não a
quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-vereador e atual deputado estadual Hanna Garib
(suspenso do PPB).
Primeiro, ele concedeu liminar favorável à quebra. Depois,
acatou pedido de um advogado
de Garib para que os dados não
fossem tornados públicos.
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