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Alguns vírus causam apenas infecções
do redator-médico
Especialistas consideram atualmente que o câncer de colo do útero é provocado pelo HPV (papilomavírus humano), mas alguns tipos podem causar apenas uma infecção transitória.
São os vírus oncogênicos que podem provocar as lesões que acabam se transformando no câncer
cervical.
A proposta é diagnosticar precocemente a presença do vírus oncogênico. Parecida com uma pequena verruga, no colo do útero, pode
se transformar em lesão pré-cancerosa e evoluir para a lesão maligna e a forma invasiva de câncer.
Por existirem as formas benignas, que provocam as frequentes
verrugas da pele, a identificação do
tipo de HPV na prevenção de câncer do colo de útero é importante.
Dos mais de 70 tipos existentes, 13
estão associados à doença.
Na reunião sobre novos avanços
para a detecção e eliminação do
câncer cervical, realizada em Chamonix, na França, em fevereiro,
especialistas dos Estados Unidos e
da Europa consideraram a tipagem do HPV importante para os
casos em que haja dúvidas nos exames das células feitos pelo teste de
Papanicolau.
Entre os trabalhos apresentados,
foram relatados resultados com o
teste de captura híbrida digene para detecção do HPV. O exame é um
teste efetivo, que deve entrar para a
rotina da prática clínica.
Com o uso de técnicas de biologia molecular, analisa o material
do colo do útero e, por quimioluminiscência, detecta o DNA dos vírus. Dessa forma, identifica os 13
tipos de HPV de alto risco.
O professor J. Thomas Cox, diretor da Clínica Ginecológica da
Universidade da Califórnia, nos
EUA, disse que o teste mostrou
mais sensibilidade que a citologia e
maior objetividade. Para ele, o exame permite diagnosticar a doença
invasiva muitos anos antes.
O professor Chris Meijer, da Holanda, falou da importância de fazer o teste do HPV-DNA em mulheres com Papanicolau normal,
mas consideradas de alto risco: são
as sexualmente ativas e com menos de 30 anos.
Na população jovem e sexualmente ativa, a infecção pelo HPV é
mais observada nas mulheres com
múltiplos parceiros, afirmou F.
Xavier Bosch, do Instituto Catalão
de Oncologia, na Espanha.
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