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Campanha tenta conter aumento dos casos de malária no país
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um crescimento de 34% nos casos de malária entre 1998 e 1999
obrigou o governo federal a lançar um plano para intensificar as
ações de controle da doença. Serão investidos R$ 145,7 milhões
para tentar diminuir a incidência
em 50% até 2001.
Em 99, foram registrados
630.747 casos nos nove Estados
da Amazônia Legal, que responde
por 99,7% dos casos do país.
Os maiores crescimentos foram
no Acre (mais de 140%) e no Maranhão, com 90%. No entanto, o
maior número de casos ainda é no
Pará, com 248.233 registrados.
Tocantins, Rondônia e Mato
Grosso conseguiram reduzir a incidência da malária.
Segundo o ministro da Saúde,
José Serra, há duas causas principais para o aumento dos casos. A
primeira é o aumento do desmatamento nessa região, muitas vezes causado pelos assentamentos
do Incra (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária).
A retirada de mata nativa para
dar lugar às plantações deixa a
terra exposta e facilita a proliferação do mosquito que abriga o parasita causador da doença. "Por
isso, já combinamos com o Incra
que os novos assentamentos terão
um habite-se do Ministério da
Saúde também", disse Serra.
A outra parcela de culpa pelo
aumento caberia aos Estados e
municípios, na visão de Serra. Segundo ele, com a descentralização
da saúde, caberia a eles parte da
responsabilidade pela prevenção
da malária. "O que os Estados não
fizeram foi antecipar o combate.
Agora estão alarmados e vão fazer
uma ofensiva", afirmou.
Serão contratados 1.546 agentes
comunitários e 204 equipes do
programa Saúde da Família para
atender os 254 municípios considerados de alto risco. No próximo
dia 11, os governadores da Amazônia Legal irão a Brasília para
discutir as ações contra a malária.
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