São Paulo, terça-feira, 04 de julho de 2000


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Campanha tenta conter aumento dos casos de malária no país

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um crescimento de 34% nos casos de malária entre 1998 e 1999 obrigou o governo federal a lançar um plano para intensificar as ações de controle da doença. Serão investidos R$ 145,7 milhões para tentar diminuir a incidência em 50% até 2001.
Em 99, foram registrados 630.747 casos nos nove Estados da Amazônia Legal, que responde por 99,7% dos casos do país.
Os maiores crescimentos foram no Acre (mais de 140%) e no Maranhão, com 90%. No entanto, o maior número de casos ainda é no Pará, com 248.233 registrados. Tocantins, Rondônia e Mato Grosso conseguiram reduzir a incidência da malária.
Segundo o ministro da Saúde, José Serra, há duas causas principais para o aumento dos casos. A primeira é o aumento do desmatamento nessa região, muitas vezes causado pelos assentamentos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
A retirada de mata nativa para dar lugar às plantações deixa a terra exposta e facilita a proliferação do mosquito que abriga o parasita causador da doença. "Por isso, já combinamos com o Incra que os novos assentamentos terão um habite-se do Ministério da Saúde também", disse Serra.
A outra parcela de culpa pelo aumento caberia aos Estados e municípios, na visão de Serra. Segundo ele, com a descentralização da saúde, caberia a eles parte da responsabilidade pela prevenção da malária. "O que os Estados não fizeram foi antecipar o combate. Agora estão alarmados e vão fazer uma ofensiva", afirmou.
Serão contratados 1.546 agentes comunitários e 204 equipes do programa Saúde da Família para atender os 254 municípios considerados de alto risco. No próximo dia 11, os governadores da Amazônia Legal irão a Brasília para discutir as ações contra a malária.



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