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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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OUTRO LADO

Para corporações, presos não têm culpa por mortes

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O superintendente da Polícia Civil em Minas Gerais, Elson Matos, negou a ligação de policiais civis do Estado com a SDLC (Scuderie Detetive Le Cocq).
"Isso não procede. A Scuderie Detetive Le Cocq em Belo Horizonte faz serviço de assistência social. Criou-se um mito em torno da entidade, talvez por sua atuação no Espírito Santo. Em Minas Gerais, [a SDLC] não tem nada a ver com polícia."
Segundo Matos, as denúncias que envolvem policiais civis no Estado serão investigadas e, se confirmadas, os acusados serão punidos.
O corregedor da Polícia Militar, coronel Cláudio Lélis, descartou o envolvimento em assassinatos de integrantes da corporação sob investigação. "As denúncias que apuramos são de extorsão [de dinheiro] e tráfico de drogas", afirmou.
Segundo Lélis, testemunhas confirmaram a participação dos quatro militares já presos em crimes ocorridos no centro de Belo Horizonte. "São atuações isoladas, não é uma quadrilha", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil de MG, Danilo Pereira, classificou as denúncias como "fabricação de factóides eleitoreiros" por deputados. A "condenação antecipada" de policiais também foi criticada pelo sindicato dos servidores da Polícia Civil.


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