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"Sai de Morato,
você vai morrer'
da Reportagem Local
"E aí fulano, ainda não morreu?
Sai fora de Morato. Dá um tempo
porque, se você ficar aqui até sexta-feira (ontem), você vai morrer", disse, na última segunda-feira, um dos policiais suspeitos de
ter ligação com a chacina para a
testemunha ouvida anteontem pela Corregedoria da Polícia Militar.
Segundo a testemunha, dias antes da chacina, Roberto Francisco
da Silva, pressionado por policiais
civis, planejou um roubo em uma
casa na cidade vizinha de Caieiras.
Renato de Assis Girão e outras
pessoas participariam do crime,
que acabou não ocorrendo porque
a quadrilha acabou discutindo.
No último dia 14, um dos assaltantes, Paulo Roberto de Oliveira,
foi tirar satisfação com Girão. Os
dois discutiram e Girão matou
Oliveira, com ajuda de Sandroval
Marques. Um PM e Roberto procuraram Girão na tarde do último
dia 16 e o levaram até a casa do pai
de Oliveira. Girão, achando a atitude estranha, chegou a afirmar
que estaria sendo observado.
Segundo a testemunha, Roberto
voltou ao bar Ponto de Encontro
quatro horas depois, atrás de cocaína. Em um primeiro momento,
a droga foi negada. "Roberto ficou descontrolado e falou que mataria Renato (Girão, que tomava
conta do bar) caso ele não saísse
dali, e que iria quebra tudo e sentar o dedo (atirar) em todos que
estivessem naquele local." De
acordo com o depoimento, Roberto ainda teria afirmado que colocaria quatro pessoas na caçamba
de sua Saveiro, voltaria ao bar e
mataria todas as pessoas.
Depois disso, Girão teria saído
com Roberto atrás de cocaína. Por
volta da 1h30 do último dia 17, três
pessoas estranhas entraram o bar e
saíram, sem pedir nada. Em seguida, vários carros de polícia teriam
passado em frente ao local.
Com medo, o comerciante havia
decidido fechar o bar. Antes disso,
três encapuzados entraram no local atirando. A testemunha, que
estava na lateral do bar, chegou a
ver parte da execução por uma janela, obstruída em seguida pela
impacto do corpo de uma pessoa
que acabara de ser baleada.
(CA)
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