São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

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entrevista

"Ele pensou que fosse soco", diz namorada

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudante Jorge Henrique,18, tinha acabado de desligar o celular quando sentiu um soco no estômago e caiu no chão. Ao passar a mão no abdome, sentiu o sangue. Tinha levado uma facada que perfurou o pulmão e o baço. Ele ainda conseguiu ir até a Santa Casa. A seguir, sua namorada, Paloma, relata como foi o crime.

 

FOLHA - O Jorge reagiu ao assalto?
PALOMA -
Não, ele disse que nem teve tempo. Ele tinha ido fazer a rematrícula no Mackenzie e descia a pé para a casa, que fica perto dali. Ligou para o irmão e, quando desligou celular, sentiu um baque no estômago, que o derrubou. Ele pensou que fosse um soco. Só ao passar a mão é que viu o sangue escorrer. Como sabia que estava a dois quarteirões da Santa Casa, correu para lá. Foi deixando pegadas de sangue pelo caminho. Os médicos disseram que ele nasceu de novo. Ele chegou com dificuldades para respirar, e tiveram que fazer um buraco no pescoço dele [traqueostomia].

FOLHA - O que levaram dele?
PALOMA -
Só o celular [Motorola V3]. Nem mexeram na carteira, que tinha talão, cartões e dinheiro. Acho que queriam mesmo o celular, e aquele modelo, porque, coincidência ou não, era o mesmo celular da Amanda [jovem atacada que morreu].

FOLHA - Ele já tinha sido assaltado antes?
PALOMA -
Há dois meses, dois caras tentaram assaltá-lo naquela mesma região, mas ele bateu nos dois e evitou o roubo.


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