São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Há dúvidas sobre mudanças em Congonhas, dizem empresas

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

As empresas aéreas afirmam que ainda têm dúvidas sobre qual será o limite de pousos e decolagens em Congonhas após o término das obras de implantação do "grooving", previstas para setembro. Após as determinações do Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil), o aeroporto opera com um limite de 33 movimentos/hora, mas antes chegou a operar com 48 movimentos/hora.
Segundo representantes das companhias, que tiveram reunião ontem com diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e representantes do Decea (Departamento de Aviação Civil) no Rio de Janeiro, este é um dos fatores essenciais para a definição da malha.
A Anac tem 60 dias para implementar as mudanças e está compilando os principais questionamentos das companhias. Segundo Humberto Folegatti, presidente da BRA, há dúvidas sobre os destinos que serão operados a partir de Congonhas, a disponibilidade de equipamentos nos aeroportos e sobre o número de pousos.
"Estamos com 33 movimentos agora, mas e quando a pista estiver pronta? Tem um conjunto de respostas que não podem ser dadas apenas por um órgão, precisam da participação da Anac, Decea e Infraero."
O presidente da BRA indagou ainda sobre o conceito de vôos ponto a ponto. "Posso operar vôos de Congonhas para Florianópolis e Porto Alegre, por exemplo? Isso é permitido?"
Apesar das dúvidas, o vice-presidente de Planejamento da TAM, Paulo Castello Branco, afirmou que a posição das companhias é de "entendimento e colaboração". Afirmou que ainda não é possível definir se as mudanças significarão aumento nos preços dos bilhetes.
"Não há como estabelecer aumento de tarifas ou precificação se não temos o produto definido, que é exatamente a malha. É prematuro falar em aumento de preços", disse.
Segundo o presidente da Trip, empresa regional do Norte e Centro-Oeste, José Mário Caprioli, se as mudanças tornarem a malha ineficiente o prejuízo atingirá todo o sistema.


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