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Há dúvidas sobre mudanças em Congonhas, dizem empresas
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
As empresas aéreas afirmam
que ainda têm dúvidas sobre
qual será o limite de pousos e
decolagens em Congonhas
após o término das obras de implantação do "grooving", previstas para setembro. Após as
determinações do Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil), o aeroporto opera com um
limite de 33 movimentos/hora,
mas antes chegou a operar com
48 movimentos/hora.
Segundo representantes das
companhias, que tiveram reunião ontem com diretores da
Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) e representantes
do Decea (Departamento de
Aviação Civil) no Rio de Janeiro, este é um dos fatores essenciais para a definição da malha.
A Anac tem 60 dias para implementar as mudanças e está
compilando os principais questionamentos das companhias.
Segundo Humberto Folegatti,
presidente da BRA, há dúvidas
sobre os destinos que serão
operados a partir de Congonhas, a disponibilidade de equipamentos nos aeroportos e sobre o número de pousos.
"Estamos com 33 movimentos agora, mas e quando a pista
estiver pronta? Tem um conjunto de respostas que não podem ser dadas apenas por um
órgão, precisam da participação da Anac, Decea e Infraero."
O presidente da BRA indagou
ainda sobre o conceito de vôos
ponto a ponto. "Posso operar
vôos de Congonhas para Florianópolis e Porto Alegre, por
exemplo? Isso é permitido?"
Apesar das dúvidas, o vice-presidente de Planejamento da
TAM, Paulo Castello Branco,
afirmou que a posição das companhias é de "entendimento e
colaboração". Afirmou que ainda não é possível definir se as
mudanças significarão aumento nos preços dos bilhetes.
"Não há como estabelecer
aumento de tarifas ou precificação se não temos o produto
definido, que é exatamente a
malha. É prematuro falar em
aumento de preços", disse.
Segundo o presidente da
Trip, empresa regional do Norte e Centro-Oeste, José Mário
Caprioli, se as mudanças tornarem a malha ineficiente o prejuízo atingirá todo o sistema.
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