São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Destroços do Airbus estão no hangar da TAM

DA REPORTAGEM LOCAL

Os destroços do avião da TAM que explodiu em Congonhas matando 199 pessoas estão sendo guardados pela TAM.
As causas do acidente só poderão ser identificadas após perícia técnica nos destroços, hoje guardados pela empresa.
A situação é legal e está prevista na NSMA (Norma de Sistema do Ministério da Aeronáutica) 3-7, de 1996, que trata das responsabilidades dos operadores de aeronaves em caso de acidentes e de incidentes.
A norma estabelece que cabe ao operador -no caso, a TAM- "a guarda da aeronave ou seus destroços, dos bens nela transportados e de terceiros fora da aeronave que tenham sofrido conseqüências da ocorrência, após a sua liberação pelo responsável pela investigação".
Os destroços foram levados para um hangar da TAM na região de Congonhas. Segundo a Aeronáutica, o acesso é restrito a investigadores e pessoas autorizadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
James Waterhouse, professor de homologação aeronáutica da USP de São Carlos, disse que os destroços, ainda que tenham sido queimados, serão importantes para detectar se houve falha na manutenção por parte da TAM. "Deixar as informações apenas nas mãos da empresa e do governo, que não quer que apareça o problema da pista, é a mesma coisa que deixar a raposa tomando conta do galinheiro", afirmou.
Para ele, as investigações precisam ser mais transparentes e com a participação de representantes dos sindicatos de pilotos e de representantes técnicos dos parentes das vítimas.
Roberto Peterka, oficial da Aeronáutica aposentado e ex-investigador de acidentes aéreos, disse que o processo de investigação é seguro. "O local dos destroços fica trancado. Na comissão tem representante do sindicato, da empresa, do fabricante, tudo correto." (ES)


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