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Destroços do Airbus estão no hangar da TAM
DA REPORTAGEM LOCAL
Os destroços do avião da
TAM que explodiu em Congonhas matando 199 pessoas estão sendo guardados pela TAM.
As causas do acidente só poderão ser identificadas após perícia técnica nos destroços, hoje guardados pela empresa.
A situação é legal e está prevista na NSMA (Norma de Sistema do Ministério da Aeronáutica) 3-7, de 1996, que trata
das responsabilidades dos operadores de aeronaves em caso
de acidentes e de incidentes.
A norma estabelece que cabe
ao operador -no caso, a TAM-
"a guarda da aeronave ou seus
destroços, dos bens nela transportados e de terceiros fora da
aeronave que tenham sofrido
conseqüências da ocorrência,
após a sua liberação pelo responsável pela investigação".
Os destroços foram levados
para um hangar da TAM na região de Congonhas. Segundo a
Aeronáutica, o acesso é restrito
a investigadores e pessoas autorizadas pelo Cenipa (Centro
de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos).
James Waterhouse, professor de homologação aeronáutica da USP de São Carlos, disse
que os destroços, ainda que tenham sido queimados, serão
importantes para detectar se
houve falha na manutenção por
parte da TAM. "Deixar as informações apenas nas mãos da
empresa e do governo, que não
quer que apareça o problema
da pista, é a mesma coisa que
deixar a raposa tomando conta
do galinheiro", afirmou.
Para ele, as investigações
precisam ser mais transparentes e com a participação de representantes dos sindicatos de
pilotos e de representantes técnicos dos parentes das vítimas.
Roberto Peterka, oficial da
Aeronáutica aposentado e ex-investigador de acidentes aéreos, disse que o processo de investigação é seguro. "O local
dos destroços fica trancado. Na
comissão tem representante do
sindicato, da empresa, do fabricante, tudo correto."
(ES)
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