São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Engenheiro diz que segurança cresce sem operador de trem

DA REPORTAGEM LOCAL

O sistema de trens de metrô que funciona sem operador nos trens aumenta a segurança dos usuários e permite um atendimento a um número maior de pessoas. Essa é a avaliação feita pelo engenheiro Peter Alouche, um dos maiores estudiosos do sistema no país.
Anteontem, o secretário estadual dos Transportes, José Luiz Portella, anunciou que até 2010 o sistema, chamado de driverless, será implantando pelo menos parcialmente na rede paulistana.
Segundo Alouche -que foi consultor do Metrô de São Paulo por 35 anos e é membro da UITP (associação internacional de transportes públicos) - a segurança aumenta devido ao fato de serem instaladas portas nas plataformas de embarque que só se abrem quando o trem já está estacionado.
Dessa forma, não haveria risco de uma pessoa ou algum objeto cair nos trilhos.
Além disso, com o sistema automatizado, é possível aumentar a velocidade dos trens, o que diminui o tempo das viagens e possibilita o aumento do atendimento.
No metrô de Lyon (França), por exemplo, a velocidade média de uma linha convencional é de 24 km/h, ante 30 km/h da rede que possui a nova tecnologia, sem o maquinista.
Além de Lyon, o sistema também já foi adotado em uma linha do metrô de Paris e também em Cingapura.
Segundo uma projeção realizada pela associação internacional, 75% das novas linhas no mundo deverão ser "driverless", e 40% das atuais redes serão reformadas para poder operar no sistema.

Licitação
Portella afirmou ontem à Folha que o Metrô ainda estuda quais linhas serão adaptadas para operar no novo sistema.
Por enquanto, a única definição é que a linha 4, que começará a operar em 2009 e foi concedida à iniciativa privada, já terá esse sistema.
De acordo com o secretário, já está em andamento uma licitação que prevê a compra de 33 trens com a nova tecnologia -a rede de metrô tem hoje 107 trens. "Mas, para termos o driverless, não basta comprar o trem. É preciso também fazer alterações no sistema e reformas nas estações", afirmou Portella. (FT)


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