São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Kassab põe vigilância particular em escolas

Seguranças irão atuar nas 300 escolas com os piores índices de criminalidade; vigilância antes era feita pela Guarda Civil

As primeiras unidades serão escolhidas depois de serem mapeadas as regiões mais problemáticas: zonas sul, leste e extremo norte

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo vai contratar segurança particular para as 300 escolas municipais com os piores índices de criminalidade. O município tem cerca de 1.300 escolas. A medida faz parte do "Programa de Proteção Escolar" que deve ser lançado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), na segunda.
No mesmo dia também será lançada a licitação que prevê a contratação de equipamentos e de homens para trabalharem desarmados. Até então, o trabalho era feito pela GCM (Guarda Civil Metropolitana).
"O objetivo é melhorar a segurança patrimonial. Tem ocorrido muito roubo de computadores, de fios, de carros nas escolas", afirma o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider. "Ainda não temos os números, mas estamos concluindo as estatísticas desses crimes. O que posso dizer é que os casos são comuns, principalmente à noite e aos fins de semana", completa.
Com base nas últimas ocorrências, afirma, a secretaria está mapeando as regiões mais problemáticas, concentradas, principalmente, nas zonas sul, leste e extremo norte.
"A segurança particular começará em 300 escolas que têm enfrentado mais problemas e, nesses pontos, também haverá câmeras e sensores eletrônicos ligados a uma central que acionará imediatamente a GCM quando necessário", afirma o secretário de Educação.
O programa é uma parceria da secretaria com a GCM, que vem reduzindo seu quadro na vigilância escolar desde 2004, quando uma lei instituiu que também era atribuição da guarda fiscalizar os ambulantes. Com isso, sobraram menos guardas para fazer a segurança nos colégios, alega a prefeitura.
De acordo com os dados da GCM, hoje, há 6.200 homens trabalhando -cerca de 900 atuam exclusivamente no combate aos camelôs. A ronda escolar, segundo a prefeitura, é mantida. As escolas que contavam com a guarda, porém, têm reclamado da falta de segurança (leia mais ao lado).
Questionada pela Folha, a prefeitura não soube informar por que motivo é mais fácil contratar segurança particular do que novos GCMs para trabalharem nas escolas. Tanto ela, quanto a secretaria, também disseram que não podiam divulgar a quantidade de homens que será contratada nem o valor referencial da licitação.

Entorno
Ainda com o objetivo de tornar o entorno dos colégios mais tranqüilo, o prefeito sancionou, na quarta-feira, projeto que cria uma área de segurança em um raio de cem metros ao redor das escolas. Na prática, significa que a prioridade será manter as rondas da GCM nesses locais, além da segurança privada nos 300 pontos iniciais.
Placas indicarão que aquela área é prioritária e também será intensificada a fiscalização do comércio ao redor dos colégios, principalmente o ambulante. A prefeitura promete, ainda, manter iluminação pública adequada, pavimentar ruas, retirar entulhos e limpar terrenos baldios que fiquem nesses cem metros.


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