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Kassab põe vigilância particular em escolas
Seguranças irão atuar nas 300 escolas com os piores índices de criminalidade; vigilância antes era feita pela Guarda Civil
As primeiras unidades serão escolhidas depois de serem mapeadas as regiões mais problemáticas: zonas sul, leste e extremo norte
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo vai
contratar segurança particular
para as 300 escolas municipais
com os piores índices de criminalidade. O município tem cerca de 1.300 escolas. A medida
faz parte do "Programa de Proteção Escolar" que deve ser lançado pelo prefeito Gilberto
Kassab (DEM), na segunda.
No mesmo dia também será
lançada a licitação que prevê a
contratação de equipamentos e
de homens para trabalharem
desarmados. Até então, o trabalho era feito pela GCM (Guarda
Civil Metropolitana).
"O objetivo é melhorar a segurança patrimonial. Tem
ocorrido muito roubo de computadores, de fios, de carros nas
escolas", afirma o secretário
municipal da Educação, Alexandre Schneider. "Ainda não
temos os números, mas estamos concluindo as estatísticas
desses crimes. O que posso dizer é que os casos são comuns,
principalmente à noite e aos
fins de semana", completa.
Com base nas últimas ocorrências, afirma, a secretaria está mapeando as regiões mais
problemáticas, concentradas,
principalmente, nas zonas sul,
leste e extremo norte.
"A segurança particular começará em 300 escolas que têm
enfrentado mais problemas e,
nesses pontos, também haverá
câmeras e sensores eletrônicos
ligados a uma central que acionará imediatamente a GCM
quando necessário", afirma o
secretário de Educação.
O programa é uma parceria
da secretaria com a GCM, que
vem reduzindo seu quadro na
vigilância escolar desde 2004,
quando uma lei instituiu que
também era atribuição da guarda fiscalizar os ambulantes.
Com isso, sobraram menos
guardas para fazer a segurança
nos colégios, alega a prefeitura.
De acordo com os dados da
GCM, hoje, há 6.200 homens
trabalhando -cerca de 900
atuam exclusivamente no combate aos camelôs. A ronda escolar, segundo a prefeitura, é
mantida. As escolas que contavam com a guarda, porém, têm
reclamado da falta de segurança (leia mais ao lado).
Questionada pela Folha, a
prefeitura não soube informar
por que motivo é mais fácil
contratar segurança particular
do que novos GCMs para trabalharem nas escolas. Tanto
ela, quanto a secretaria, também disseram que não podiam
divulgar a quantidade de homens que será contratada nem
o valor referencial da licitação.
Entorno
Ainda com o objetivo de tornar o entorno dos colégios mais
tranqüilo, o prefeito sancionou,
na quarta-feira, projeto que
cria uma área de segurança em
um raio de cem metros ao redor
das escolas. Na prática, significa que a prioridade será manter
as rondas da GCM nesses locais, além da segurança privada
nos 300 pontos iniciais.
Placas indicarão que aquela
área é prioritária e também será intensificada a fiscalização
do comércio ao redor dos colégios, principalmente o ambulante. A prefeitura promete,
ainda, manter iluminação pública adequada, pavimentar
ruas, retirar entulhos e limpar
terrenos baldios que fiquem
nesses cem metros.
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