São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Prefeitura de SP cassa alvará e fecha boate Bahamas

Medida teve como base entrevista do empresário Oscar Maroni na qual ele afirma ser proprietário de uma casa de prostituição

DO "AGORA"

A boate Bahamas foi lacrada, na manhã de ontem, em Moema (zona sul de SP), após a Prefeitura de São Paulo cassar o alvará de funcionamento do local. O fechamento teve base em entrevista concedida pelo proprietário da casa, Oscar Maroni Filho, ao "Jornal da Noite", da TV Bandeirantes.
Na reportagem exibida pela televisão, o empresário falou sobre as atividades do Bahamas. "Sim, é prostituição de luxo sim, não vamos ser hipócritas", declarou.
O subprefeito da Vila Mariana, Fábio Lepique, afirmou que o estabelecimento viola artigos do Código Penal e não está autorizado para funcionar para as finalidades que o próprio dono confessou.
"No caso dele, não é documento que falta. Ele declarou que aqui é uma casa de prostituição e esta atividade não é licenciável em São Paulo", disse o subprefeito.
A prefeitura alegou que mesmo que não houvesse a exploração de prostituição a licença não poderia ser dada.
O subprefeito afirmou também que o Bahamas também não possui aprovação o Certificado de Acessibilidade e o Certificado de Manutenção do Sistema de Segurança.
Maroni apresentou documentos de licença expedidos pela própria Prefeitura de São Paulo e o alvará do Ministério do Turismo.
"Meu estabelecimento é totalmente legalizado", afirmou.

Promoção
O proprietário do Bahamas aproveitou a ocasião do fechamento da boate para promover seus produtos diante da imprensa. No início da entrevista, ele distribuiu revistas masculinas e um energético de sua propriedade.
Maroni chegou a perguntar ao subprefeito se outras casas que funcionam no bairro seriam fechadas também. "Se ele entende que existem outras casas nessa mesma situação, acho que ele deve fazer uma denúncia pública para a gente apurar, não há problema nenhum nisso", afirmou Lepique.
O empresário disse que seria antiético citar o nome das outras casas. "Mas aqui na avenida Bandeirantes tem umas três. Por que eles estão vindo justamente no meu estabelecimento?", questionou.
O subprefeito afirmou que o Bahamas é a única que o dono assumiu ser uma casa de prostituição de luxo. "Por isso foi fechada e continuará fechada", afirmou Lepique.

Hotel
A boate foi o segundo estabelecimento do empresário lacrado pela prefeitura nos últimos dias. Na semana passada, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) determinou que o Oscars Hotel fosse demolido. O prédio foi construído na direção da pista do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo).
A prefeitura publicou na sexta-feira no "Diário Oficial" a cassação do alvará de construção do prédio e o indeferimento do processo de anistia. Em nota, a prefeitura justifica o ato dizendo que Maroni teria cometido fraude para conseguir o alvará, apresentando documentos diferentes para obter as autorizações da Aeronáutica e da administração municipal. (FABIANO NUNES)


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