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Prefeitura de SP cassa alvará e fecha boate Bahamas
Medida teve como base entrevista do empresário Oscar Maroni na qual ele afirma ser proprietário de uma casa de prostituição
DO "AGORA"
A boate Bahamas foi lacrada,
na manhã de ontem, em Moema (zona sul de SP), após a Prefeitura de São Paulo cassar o alvará de funcionamento do local. O fechamento teve base em
entrevista concedida pelo proprietário da casa, Oscar Maroni
Filho, ao "Jornal da Noite", da
TV Bandeirantes.
Na reportagem exibida pela
televisão, o empresário falou
sobre as atividades do Bahamas. "Sim, é prostituição de luxo sim, não vamos ser hipócritas", declarou.
O subprefeito da Vila Mariana, Fábio Lepique, afirmou que
o estabelecimento viola artigos
do Código Penal e não está autorizado para funcionar para as
finalidades que o próprio dono
confessou.
"No caso dele, não é documento que falta. Ele declarou
que aqui é uma casa de prostituição e esta atividade não é licenciável em São Paulo", disse
o subprefeito.
A prefeitura alegou que mesmo que não houvesse a exploração de prostituição a licença
não poderia ser dada.
O subprefeito afirmou também que o Bahamas também
não possui aprovação o Certificado de Acessibilidade e o Certificado de Manutenção do Sistema de Segurança.
Maroni apresentou documentos de licença expedidos
pela própria Prefeitura de São
Paulo e o alvará do Ministério
do Turismo.
"Meu estabelecimento é totalmente legalizado", afirmou.
Promoção
O proprietário do Bahamas
aproveitou a ocasião do fechamento da boate para promover
seus produtos diante da imprensa. No início da entrevista,
ele distribuiu revistas masculinas e um energético de sua propriedade.
Maroni chegou a perguntar
ao subprefeito se outras casas
que funcionam no bairro seriam fechadas também. "Se ele
entende que existem outras casas nessa mesma situação, acho
que ele deve fazer uma denúncia pública para a gente apurar,
não há problema nenhum nisso", afirmou Lepique.
O empresário disse que seria
antiético citar o nome das outras casas. "Mas aqui na avenida Bandeirantes tem umas três.
Por que eles estão vindo justamente no meu estabelecimento?", questionou.
O subprefeito afirmou que o
Bahamas é a única que o dono
assumiu ser uma casa de prostituição de luxo. "Por isso foi fechada e continuará fechada",
afirmou Lepique.
Hotel
A boate foi o segundo estabelecimento do empresário lacrado pela prefeitura nos últimos
dias. Na semana passada, o prefeito Gilberto Kassab (DEM)
determinou que o Oscars Hotel
fosse demolido. O prédio foi
construído na direção da pista
do aeroporto de Congonhas
(zona sul de São Paulo).
A prefeitura publicou na sexta-feira no "Diário Oficial" a
cassação do alvará de construção do prédio e o indeferimento
do processo de anistia. Em nota, a prefeitura justifica o ato dizendo que Maroni teria cometido fraude para conseguir o alvará, apresentando documentos diferentes para obter as autorizações da Aeronáutica e da
administração municipal.
(FABIANO NUNES)
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