São Paulo, segunda, 4 de agosto de 1997.



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VIOLÊNCIA
Bancários pedem maior segurança
Roubo a posto bancário no Pará triplica

ESTANISLAU MARIA
da Agência Folha, em Belém

Enquanto o número de assaltos a agências bancárias em Belém foi reduzido, em média, pela metade, os assaltos a postos de serviços triplicaram neste ano na capital paraense.
O último aconteceu quinta-feira dentro da Universidade Federal do Pará. Os assaltantes levaram R$ 5.000 do posto do banco Real. Não houve feridos nem mortos.
Segundo levantamento do Sindicato dos Bancários do Pará, confirmado pela associação de bancos, o aumento da segurança nas 92 agências da cidade, das quais 80% ganharam portas giratórias detectoras de metais, levou os assaltantes a atacar os postos.
Entre outros, já foram assaltados os postos instalados na Unimed, na Federação das Indústrias, na Faculdade de Ciências Agrárias, na Assembléia de Deus e até na Maternidade do Povo.
O levantamento do sindicato aponta 21 assaltos a bancos, de janeiro a julho, sendo três assaltos a agências, dois a caixas eletrônicos e 16 a postos. Não houve mortes.
No ano passado houve 20 assaltos, sendo nove a postos, dez a agências e um a caixa eletrônico.
Pelos números do sindicato, os ladrões que assaltavam em média quase uma (0,83) agência por mês, no ano passado. Reduziram as ações para menos de um assalto a cada dois meses (0,42 por mês), neste ano.
Já os postos foram saqueados. Em média, mais de dois (2,28) assaltos por mês em 97, o triplo da média de 96, que foi de menos de um (0,75) assalto por mês.
Na média geral -agências, postos e caixas eletrônicos-, o número dobrou. Já são três assaltos mensais em 97 contra 1,66 por mês no ano passado.
O delegado-geral, Gilvandro Furtado, determinou na sexta-feira que os policiais da Divisão de Vigilância Geral passem a investigar e combater os assaltos junto com a Delegacia de Combate ao Crime Organizado, que está sobrecarregada.
Uma comissão de segurança proposta pelo sindicato foi montada no início do ano. Participam da comissão representantes das polícias, Ministério Público, sindicato e bancos.
Os bancários pedem aumento de seguranças nos postos onde não é possível instalar equipamentos.



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