DA REPORTAGEM LOCAL

A partir do dia 11, quando começa a operação do corredor de ônibus Francisco Morato-Rebouças-Consolação, o motorista que trafegar pela av. Eusébio Matoso (zona oeste de SP), no sentido bairro, poderá ter apenas uma das três faixas de trânsito livre.
Na sua esquerda estará a pista exclusiva para os ônibus municipais adaptados ao Passa-Rápido e à direita continuarão circulando os coletivos intermunicipais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportres Urbanos), que não têm porta para embarque e desembarque no lado esquerdo.
Tal combinação poderá ocorrer num trecho de até 1 km, entre as ruas Cardeal Arcoverde e MMDC.
Para evitar a situação, a SPTrans (empresa que cuida do transporte coletivo na capital) chegou a cogitar uma mudança na rota dos ônibus intermunicipais, mas a idéia foi abandonada porque implicaria um grande aumento do tráfego em vias de pequeno porte nas imediações da Eusébio Matoso.
Numa reunião ontem, os dirigentes da empresa municipal e da EMTU decidiram, então, manter o percurso original enquanto estudam formas de reduzir ao máximo a freqüência de coletivos obrigados a trafegar pela direita entre a Cardeal e a MMDC.
Uma das medidas acordadas foi a retirada de paradas dos ônibus intermunicipais nesse trecho. "É claro que, pelas experiências anteriores, esperamos alguns problemas no início da operação, mas eles serão ajustados", diz Valdemar Gomes de Melo, coordenador de planejamento da SPTrans.
No restante do corredor, só trafegarão carros que tenham porta à esquerda, sejam eles intermunicipais ou municipais, diz o presidente da SPTrans, José Evaldo Gonçalo. Os veículos não-adaptados seguirão por vias paralelas -como a avenida Eliseu de Almeida, que passará a ter uma faixa exclusiva para ônibus à direita.
Inicialmente, a EMTU terá apenas oito ônibus por hora circulando no Passa-Rápido, mas foi fechado um cronograma de adaptação que prevê o aumento da freqüência para 40 ônibus por hora até o dia 27 de novembro.
"Fechamos hoje [ontem] uma negociação que vinha há dois, três meses", disse Evaldo. A falta de diálogo entre Estado e município levou a prefeitura a barrar a circulação de coletivos intermunicipais no início da operação do Passa-Rápido Jardim Ângela-Guarapiranga-Santo Amaro, em julho, afetando cerca de 18 mil pessoas.


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