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Entidade vê "uso de chapéu alheio"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Abramge (Associação Brasileira das Empresas
de Medicina de Grupo), Arlindo
de Almeida, disse ontem que,
com o Estatuto do Idoso, o governo está dando benefícios com o
"chapéu alheio" quando, em sua
opinião, deveria melhorar o SUS
(Sistema Único de Saúde).
O projeto proíbe aumento de
preço dos planos de saúde para
quem tem mais de 60 anos. "Toda
legislação acaba mexendo com os
planos de saúde. De oito projetos
que estavam na Comissão de Seguridade Social, seis mexiam nos
planos de saúde. A atividade não
tem tranquilidade. Como os custos não dizem respeito ao Legislativo, é irresistível para um político
dar alguma coisa para alguém
com o chapéu alheio", disse.
Ele defendeu o fortalecimento
do SUS. "O fundamental no Brasil
é o serviço público de saúde. Não
tem sentido querer dar assistência
ao idoso através dos planos de
saúde com a aposentadoria vagabunda de hoje. O SUS é que devia
dar proteção adequada ao idoso, e
não as atividades privadas serem
obrigadas a fazer concessões."
Segundo ele, não há "vantagem" nessa cláusula. "Nos contratos novos, os que vão comprar
[planos de saúde], por exemplo,
com 55 anos, pagarão o que pagariam na faixa acima de 60."
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