São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2005

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Água não era para beber, dizem empresas

DA REPORTAGEM LOCAL

Sete das nove empresas que tiveram seus poços artesianos lacrados pela Vigilância Sanitária afirmaram que não utilizavam a água para consumo humano, e sim apenas para uso industrial.
Em nota oficial, a Avon informou que interrompeu o uso da água dos seus poços artesianos assim que soube da contaminação e que água consumida pelos funcionários é mineral.
A Camargo Corrêa Cimentos disse que a água do poço era usada como matéria-prima na fabricação de concreto. "A empresa suspendeu a utilização do poço artesiano e passou a usar água de caminhões-pipa na produção."
Rogério Massaro Suriani, reitor do Senac, disse que a instituição interrompeu preventivamente o uso do poço artesiano em agosto. Segundo o reitor, a água era utilizada na irrigação de jardins e limpeza de vasos sanitários.
A Biosintética Farmacêutica informou que o poço artesiano nunca foi utilizado pela empresa. A Baxter Hospitalar também suspendeu a utilização da água do poço artesiano em agosto.
A gerente do Auto Posto 102, que se identificou como Eliana, disse que ficou surpresa com a interdição do poço. "Essa água não era para consumo, e sim para as atividades especiais do posto, como o lava-rápido."
Roberto Vincenti, gerente da STI-Sadalla, disse que a empresa não manipula solventes clorados e que a água não era usada para consumo humano. "O poço tinha outorga do Daee. Terei um prejuízo de cerca de R$ 10 mil por mês."
Os responsáveis pela empresa Drava Metais foram procurados, mas não responderam. A Folha não conseguiu contato com a Cnaga (Companhia Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados).


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