São Paulo, segunda-feira, 04 de novembro de 2002

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ENCHENTES

Governo diz que desapropriações e falta de verba prejudicaram obras

Prefeitura só canaliza 1 dos 6 córregos previstos para 2002

Eduardo Lazzarini/Folha Imagem
Trecho do córrego Franquinho (zona leste) ainda sem obras; canalização ficou para 2003


SILVIA AMORIM
DO "AGORA"

A Prefeitura de São Paulo só concluiu uma das seis canalizações de córregos previstas para serem entregues até dezembro. Segundo a administração, desapropriações, remoção de famílias e cortes no Orçamento obrigaram o governo a rever esse prazo.
Os córregos em questão são: Franquinho, dos Machados (ambos na zona leste), Ipiranga, Jaboticabal, Zavuvus (todos na zona sul) e do Congo (zona norte).
De acordo com a Secretaria de Infra-Estrutura Urbana (Siurb), responsável pelas obras de drenagem, os serviços foram iniciados na gestão passada, mas só o do córrego do Congo, na Freguesia do Ó, foi concluído este ano.
Nesse caso, os 520 metros de canalização foram entregues em maio. Para os outros cinco córregos, os prazos para conclusão dos trabalhos de canalização e de pavimentação serão prorrogados por prazo ainda indefinido.
Segundo o superintendente de obras viárias da Siurb, Flávio Topa, "empecilhos" apareceram durante a execução das obras, impedindo o cumprimento dos prazos.
É o caso, segundo ele, dos córregos dos Machados, Franquinho, Jaboticabal e Zavuvus.
Em todos eles os trabalhos ou foram interrompidos ou estão mais lentos porque a continuidade depende da demolição de dezenas de casas. "A prefeitura fica à espera de decisões judiciais."
As obras do córrego Ipiranga foram as que receberam mais investimento -os recursos passaram de R$ 1,3 milhão para R$ 3,9 milhões. Enquanto isso, o córrego Franquinho perdeu cerca de R$ 4 milhões dos recursos previstos inicialmente no Orçamento -a verba caiu de R$ 4,8 milhões para R$ 850 mil. Os dados constam no Serviço de Execução Orçamentária e foram reunidos pela assessoria econômica do vereador Roberto Tripoli (PSDB).
Em 2001 o Orçamento da cidade havia previsto R$ 106 milhões para obras de drenagem, dos quais apenas R$ 42,190 milhões foram gastos- 39,6%. Na época, a prefeitura informou que não aplicara todo o recurso porque tivera problemas com desapropriações.


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