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Para mercado, o impacto será pequeno
DA REPORTAGEM LOCAL
O Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) e
o Secovi-SP (sindicato das imobiliárias e construtoras) disseram que o projeto de reajuste
do IPTU de São Paulo não terá
grande impacto no mercado
imobiliário da cidade.
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, 51, disse que o valor do IPTU não tem
grande relevância nas transações imobiliárias. "Vai refletir
diretamente no bolso do morador, mas ele não vai deixar de
comprar um imóvel porque o
IPTU aumentou", disse.
Segundo o vice-presidente do
Secovi-SP, Márcio Chede, 51, o
Conselho Municipal de Valores
Imobiliários -composto por
órgãos ligados ao mercado
imobiliário- participou da
discussão sobre o reajuste.
Mas, diz Chede, nas discussões com a prefeitura não foi
apresentada a mudança no
desconto no IPTU para residências de valores venais entre
R$ 50 mil e R$ 120 mil.
Para o presidente do Creci, o
aumento linear de 7% é injusto.
"Cada região tem suas peculiaridades. Tem imóvel que valia
mais no passado", diz Neto.
Câmara
Já na Câmara, onde a proposta precisará do voto favorável
de 28 dos 55 vereadores para
ser aprovada, a disputa pela
presidência da Casa, no próximo dia 15, pode dificultar a
aprovação do projeto.
"Hoje, a prefeita Marta Suplicy não tem base para nada. A
base que existia dividiu-se em
duas cabeças", diz o vereador
Gilberto Natalini (PSDB). Ele
se refere a Arselino Tatto (PT),
candidato do governo, e a Antônio Carlos Rodrigues (PL),
que também integra a base mas
lançou candidatura própria
com o apoio de 29 vereadores.
"Isso pode até influir, mas
não ao ponto de impedir a
aprovação", afirma José Mentor (PT), que negocia o projeto
com as outras bancadas.
Já a bancada do PSDB promete resistir às mudanças. "O
projeto é totalmente inoportuno e confirma que as isenções e
descontos concedidos pela prefeita no ano passado foram demagogia", diz o vereador Ricardo Montoro, líder do PSDB.
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