São Paulo, quinta-feira, 04 de dezembro de 2008

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Chuva pode contribuir para surto de dengue no ES, que já registra quase 35 mil casos

CÍNTIA ACAYABA
CRISTINA MORENO DE CASTRO
DA AGÊNCIA FOLHA

As chuvas que atingem o Espírito Santo devem contribuir para que o Estado registre um número elevado de casos de dengue. Em 2008, foram contabilizados 23 mil casos a mais do que em 2007. As inundações também já provocam saques a casas na cidade de Vila Velha, a mais afetada na região.
Há 5.316 pessoas desabrigadas e desalojadas no Estado. Dez cidades decretaram situação de emergência.
Além da dengue, o ES tem três suspeitas de leptospirose relacionadas à chuva. Em 2007, houve 11.039 casos de dengue; em 2008, eram 34.687 casos até o último dia 22.
"Estamos com vários municípios alagados. A temperatura está alta. Essa combinação deve aumentar o número de mosquitos", disse Gilton Almada, coordenador do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde. "Se os municípios não fizerem nada, vamos ter uma epidemia semelhante à do Rio de Janeiro."
Apesar da ameaça de doenças que se intensificam com as águas paradas, moradores temem os saques a casas e insistem em enfrentar a água a pé para retornar às moradias.
A Polícia Civil de Vila Velha não registrou nenhuma detenção devido a furtos, mas a Polícia Militar já recebeu queixas de moradores sobre televisões, fogões e geladeiras furtadas em casas alagadas.
O policiamento nos bairros mais afetados aumentou. A secretária da Saúde de Vila Velha, Márcia Andriolo, declarou que os moradores se arriscam a andar com água pela cintura para proteger as casas.

Rio
As duas semanas de chuvas no Estado do Rio já afetaram 484.405 pessoas, segundo informou ontem a Defesa Civil. Embora o órgão tenha divulgado 7.359 desalojados e 2.722 desabrigados, os números fornecidos pela Secretaria de Promoção Social de Campos, a cidade mais atingida, são de quase 20 mil pessoas retiradas de casa só no município.
As chuvas dos últimos dias deixaram dois mortos no Estado. O secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, disse que a preocupação das autoridades é também com as doenças que surgem após inundações, como viroses, gripe, leptospirose, hepatite A e diarréia.


Colaborou a Sucursal do Rio


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