|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Câmara quer "14º salário" para seus servidores
Projeto dos vereadores que institui gratificação para os 3.200 funcionários da Casa pode ser analisado em 1ª votação na quarta
Proposta inclui servidor ativo, inativo, comissionado e pensionista; se cada um receber valor de seu salário, abono custará R$ 19,6 mi
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Vereadores querem aprovar
uma gratificação extra, uma espécie de 14º salário, para os cerca de 3.200 servidores da Câmara paulistana -ativos, inativos,
pensionistas e comissionados.
Pelo projeto, de autoria da
mesa diretora, o valor não pode
ultrapassar o salário do servidor
e não há um mínimo estipulado.
A verba exata que cada um receberá será definida em ato após o
projeto já ter sido aprovado em
segundo turno.
O abono também pode mudar a cada ano, conforme desejo
dos vereadores. O critério de
distribuição -salarial, produtividade etc- não foi definido.
O dinheiro virá do que sobrar
do Orçamento da Câmara. Em
2008, a sobra foi de R$ 10,7 milhões, que por lei têm de ser devolvidos aos cofres públicos.
No orçamento de 2009, R$ 20
milhões não têm destino certo
-num ano em que o prefeito
Gilberto Kassab (DEM) solicitou contingenciamento de gastos devido à crise econômica. A
Casa deve encerrar seus trabalhos em duas semanas.
Se cada servidor receber o valor de seu próprio salário, o abono custará R$ 19,6 milhões.
A discussão do projeto ocorre
às vésperas da votação do Orçamento municipal. Uma primeira versão será submetida à comissão de finanças na segunda-feira. A expectativa é que o texto
esteja pronto para ser aprovado
em primeiro turno na terça. A
segunda votação deve ocorrer
no dia 15, já com emendas.
A proposta de abono chegou a
entrar na pauta de ontem, mas a
votação em primeiro turno foi
adiada -deve ser na quarta.
"A redação do projeto pode
dar a ideia de que queremos instituir um 14º salário e não é isso.
Então decidimos retirá-lo para
melhorar o texto e reapresentá-lo novamente", disse o vereador
Dalton Silvano (PSDB), 1º vice-presidente da mesa diretora.
Além de Silvano, compõem a
mesa o presidente Antonio Carlos Rodrigues (PR), o 2º vice,
Paulo Frange (PTB), os secretários Francisco Chagas (PT) e
Milton Leite (DEM) e o corregedor Wadih Mutran (PP).
Vereadores aprovaram ontem em segunda votação o projeto que reabre o prazo do PPI
(Programa de Parcelamento Incentivado), que permite o pagamento de tributos em atraso. A
proposta renderá R$ 200 milhões extras à prefeitura.
O cofre municipal ainda será
reforçado com o aumento de
IPTU (R$ 644 milhões extras), a
venda da folha de servidores ao
Banco do Brasil (R$ 726 milhões) e emendas ao Orçamento
da União (R$ 400 milhões).
Texto Anterior: Judeus ortodoxos devem desistir de prestar o exame Próximo Texto: Improbidade: Arselino Tatto é condenado em primeira instância Índice
|