São Paulo, segunda, 5 de janeiro de 1998.



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Sindicatos são contra o projeto

da Reportagem Local

O CPP (Centro do Professorado Paulista) e os dois sindicatos do magistério de São Paulo, Udemo (diretores) e Apeoesp (professores), são contra o programa de recuperação nas férias.
"O programa foi feito sem critérios. Ele dá oportunidade a todos os alunos independentemente da frequência escolar", afirma o presidente da Udemo, Roberto Augusto Torres Lemes.
Outro problema, segundo Lemes, é que a recuperação não estipula um número máximo de disciplinas para cada estudante. "Mesmo o aluno reprovado em sete matérias pode participar. Não somos contra a recuperação, mas não aceitamos a forma como ela está sendo feita", disse.
Para Lemes, o ideal seria a escola oferecer recuperação durante o ano letivo. "A falta de acompanhamento do aluno é um dos principais motivos do elevado índice de reprovação."
Para a professora Loretana Paolieri Pancera, vice-presidente do CPP, "o aluno não pode recuperar nas férias tudo o que ele não conseguiu durante o ano".
Loretana considera ideal o sistema de avaliação continuada que o Estado deve adotar neste ano. "Espero que isso seja cumprido."

Custos
No programa de recuperação de férias do ano passado, o Estado gastou cerca de R$ 10 milhões. A economia de cada aluno aprovado, no entanto, é de aproximadamente R$ 700/ano.



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