São Paulo, segunda, 5 de janeiro de 1998.



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ANÁLISE
Repetir sai caro para o país

FERNANDO ROSSETTI
da Reportagem Local

A recuperação de férias é uma entre várias medidas que vêm sendo tomadas pelas redes públicas do país para diminuir os índices de evasão e repetência.
Além dessa iniciativa, pioneira de São Paulo, há as classes de aceleração (que "jogam" alunos multirrepetentes para séries mais à frente), os ciclos (que não retêm alunos de um ano para outro), a bolsa-escola (que paga para o estudante pobre ir à escola), entre outras.
Duas idéias básicas estão por trás dessas medidas. A primeira é que a repetência é cara -investe-se o dobro em um estudante que repete de ano.
Como no Brasil metade dos alunos são reprovados nos primeiros dois anos do 1º grau, calcula-se que o desperdício supera R$ 2 bilhões ao ano.
A segunda idéia, demonstrada por pesquisas, é que o aluno que repete piora, por incorporar como culpa sua a reprovação -quando, em geral, ou é a escola o problema, ou a falta de um ambiente letrado em casa.
A solução é a melhoria da educação pública no país -o que envolve também a ampliação da oferta de vagas de pré-escola para as crianças.
Mas enquanto isso não acontece, experiências para evitar a reprovação são uma boa saída.



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