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ANÁLISE
Repetir sai caro para o país
FERNANDO ROSSETTI
da Reportagem Local
A recuperação de férias é uma
entre várias medidas que vêm
sendo tomadas pelas redes públicas do país para diminuir os
índices de evasão e repetência.
Além dessa iniciativa, pioneira de São Paulo, há as classes de
aceleração (que "jogam" alunos multirrepetentes para séries mais à frente), os ciclos
(que não retêm alunos de um
ano para outro), a bolsa-escola
(que paga para o estudante pobre ir à escola), entre outras.
Duas idéias básicas estão por
trás dessas medidas. A primeira é que a repetência é cara
-investe-se o dobro em um
estudante que repete de ano.
Como no Brasil metade dos
alunos são reprovados nos primeiros dois anos do 1º grau,
calcula-se que o desperdício
supera R$ 2 bilhões ao ano.
A segunda idéia, demonstrada por pesquisas, é que o aluno
que repete piora, por incorporar como culpa sua a reprovação -quando, em geral, ou é a
escola o problema, ou a falta de
um ambiente letrado em casa.
A solução é a melhoria da
educação pública no país -o
que envolve também a ampliação da oferta de vagas de
pré-escola para as crianças.
Mas enquanto isso não acontece, experiências para evitar a
reprovação são uma boa saída.
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