DAGUITO RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Estado de São Paulo apresentou ontem o projeto dos traçados dos trechos norte, leste e sul do Rodoanel Mário Covas. São os mesmos já anunciados no primeiro semestre do ano passado, quando houve protesto de organizações ambientais.
No próximo dia 6, a Dersa -estatal que gerencia as estradas paulistas- inicia as audiências públicas para discutir com a sociedade os impactos ambientais dos traçados dos novos trechos. Após as oito audiências, os traçados poderão sofrer alterações.
De acordo com o coordenador de Gestão Ambiental do Rodoanel, Rubens Mazon, os traçados escolhidos para os três trechos são os de menor impacto ambiental.
O trecho norte deverá passar por área de preservação ambiental na serra da Cantareira (região norte) e, o trecho sul, deverá cortar regiões de mananciais das represas Billings e Guarapiranga (na região sul). "Não vai causar problemas de abastecimento [de água à cidade"", disse Mazon.
Cerca de 80 manifestantes protestaram ontem em frente ao prédio da Dersa, no Itaim Bibi (zona sul), contra a realização da obra.
"Nós tivemos a promessa de um novo traçado, mas nem fomos chamados para discutir", disse Aldelise Del Manto, 45, coordenadora do grupo S.O.S. Cantareira. "Nós vamos ficar sem água."
Para os novos trechos, o secretário de Estado dos Transportes, Dario Rais Lopes, disse que o governo estuda parcerias com empresas, que participariam em troca da receita de um tipo de "pedágio" pago pelo poder público, e não pelos usuários -conhecido como "pedágio-sombra".


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