FABIANA CIMIERI
DA SUCURSAL DO RIO

Um caminhão-betoneira colidiu com uma locomotiva na avenida Francisco Bicalho (em São Cristóvão), um dos principais acessos ao centro do Rio, na madrugada de ontem. Houve vazamento de 1.600 litros de óleo para o canal do Mangue, que deságua na baía de Guanabara.
O acidente provocou 17 km de engarrafamento na avenida Brasil (que liga a zona norte ao centro) e congestionou as linhas Amarela e Vermelha, que ligam a zona oeste e a zona norte, respectivamente, ao centro e à avenida Brasil.
Apesar do choque, ninguém morreu. O maquinista, Elias Cassiano da Silva, nada sofreu, e o motorista do caminhão, Inácio Alves Filho, machucou o joelho.
O choque foi tão forte que, segundo o vice-diretor do Instituto de Física da Universidade do Estado do RJ, Luiz Motta, a energia desprendida durante a colisão poderia manter uma lâmpada de 100 watts acesa por cerca de 16 horas.
O acidente aconteceu às 2h55, na pista central da avenida Francisco Bicalho, sentido centro, quando o caminhão da empresa Polimix Concreto LTDA. bateu de frente com a parte traseira da locomotiva da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), que tombou.
A betoneira andou 20 m, derrubou dois postes, bateu numa árvore e acabou tombando. Dois guindastes foram usados para retirar os veículos da pista, que só foi totalmente liberada às 13h30.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado na 17ª DP, o motorista do caminhão atravessou o sinal vermelho em frente à linha. A Polimix soltou nota negando que ele tenha atravessado o sinal. O presidente da FCA, Mauro Dias, disse que o maquinista buzinou antes de cruzar a pista.
A Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente) informou que técnicos fizeram uma barreira na entrada da baía de Guanabara para recolher o óleo. A empresa responsável pelo acidente poderá receber multa de R$ 1 mil a R$ 50 milhões por danos ambientais.


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