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Mortes por acidentes aumentaram, afirma IML
DA REPORTAGEM LOCAL
A quantidade de mortes por
acidente de trânsito em São Paulo
aumentou 8,4% nos primeiros 12
meses da administração Marta
Suplicy (PT), de acordo com os
registros do IML (Instituto Médico Legal): foram 894 casos em
2001, contra 825 no ano anterior.
As estatísticas do IML também
apontam uma queda de 8,7% das
mortes por atropelamento -de
692 para 632, mas não são consideradas oficiais pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)
para a elaboração de sua política
de segurança no trânsito.
Pelos registros do IML, esses resultados representariam uma alta
de 0,6% das mortes no trânsito
(de 1.517 para 1.526) e uma inversão na tendência de queda verificada na capital paulista.
Desde a implantação dos radares e das lombadas eletrônicas,
em 1997, a quantidade de mortes
em São Paulo já caiu mais de 30%.
A única elevação, desde então, havia sido em 1999 -de 8%. Ela foi
atribuída ao relaxamento das regras do Código de Trânsito Brasileiro, implantado um ano antes.
A CET também utiliza os registros do IML, mas apresenta uma
tabulação diferente da divulgada
oficialmente pelo órgão.
Mauricio Regio, assessor de segurança no trânsito da companhia, diz que a empresa fez um levantamento nos prédios do IML
que aponta uma estimativa de
1.308 mortes no trânsito em 2001,
uma queda de 11,7% em relação
ao ano anterior.
Regio foi informado pela Folha
sobre os números oficiais do IML
e prometeu fazer uma nova análise do levantamento da CET.
"Estávamos trabalhando com
os dados de queda até agora. Vamos fazer uma análise para saber
os motivos da diferença", disse.
Segundo técnicos ouvidos pela
reportagem, as diferenças das estatísticas divulgadas pela CET e
pelo IML costumavam ser comuns, mas em escalas que não interferiam na análise dos resultados. Elas seriam motivadas principalmente por erros de preenchimento de dados e critérios sobre
local de origem das vítimas.
No ano 2000, por exemplo, os
dados do IML apontavam 1.517
mortes no trânsito, contra 1.481
da tabulação da CET -diferença
de só 2,4%. O que chama a atenção para os dados de 2001, porém,
é que essa diferença atinge 16,7%.
Os indicadores do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito), que só registra as ocorrências do instante do acidente até
que a vítima chegue ao pronto-socorro, apontam para a mesma
tendência dos do IML -alta de
12% nas mortes por acidente.
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