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Dívida da SPTrans com Banespa
é renegociada
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo
renegociou uma dívida da
SPTrans com o Banespa/
Santander inicialmente estimada em R$ 885 milhões.
Em troca, permitirá que os
160 mil funcionários públicos, cuja folha de pagamentos é estimada em R$ 300
milhões mensais, possam
optar entre manter suas contas no Banco do Brasil ou
transferi-las para o Banespa/Santander.
O acordo também autoriza
o município a usar o edifício
conhecido como Banespinha, localizado na praça Patriarca. O prédio irá abrigar,
no segundo semestre, o gabinete da prefeita e possivelmente outra secretaria, que
ainda não está definida.
Dos 16 andares, a prefeitura poderá ocupar 14. Os outros dois permanecerão com
o Banespa/Santander.
A dívida da SPTrans com o
então Banespa originou-se
ainda na gestão do ex-prefeito Mário Covas (1983-85),
quando a então CMTC (hoje
SPTrans) contraiu financiamento com o banco para a
compra de 750 ônibus.
A concretização do acordo
foi anunciada ontem pelo secretário municipal de Finanças, João Sayad. Ele afirmou
que a dívida atualizada da
prefeitura com o banco chegava a R$ 885 milhões, mas
esse passivo foi reduzido para R$ 156 milhões.
Isso aconteceu, segundo
Sayad, porque o acerto tomou como base um pacto
firmado durante a gestão da
ex-prefeita Luiza Erundina
em 91, mas que não chegou a
ser pago. Em 97, na gestão
Celso Pitta, a prefeitura fez
outro acordo: a administração municipal, teria admitido uma dívida de R$ 300 milhões, mas a negociação não
chegou a ser concretizada.
Dos R$ 156 milhões negociados, a prefeitura pagará,
efetivamente, R$ 100 milhões em quatro parcelas
anuais. A primeira, de R$ 40
milhões, deverá ser efetivada
até o final de junho. As demais serão corrigidas pelo
IGP-M, com juros de 12% ao
ano. O banco se comprometeu a desocupar o prédio até
31 de agosto.
Sayad disse que o Banespa/Santander se comprometeu a investir R$ 36 milhões
em obras ou equipamentos
no município durante quatro anos. A prefeitura, porém, ocupará o edifício em
caráter de comodato (cessão
de um bem para uso). Depois dos quatro anos, o prédio passará em definitivo para a prefeitura. O Executivo
deverá encaminhar ainda
nesta semana um projeto à
Câmara Municipal no qual
pede autorização para a
aquisição dessa dívida.
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