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UFPE cria uma armadilha para o Aedes
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Um dispositivo criado em 1965
para monitorar a presença do
mosquito transmissor da dengue,
Aedes aegypti, começou a ser utilizado em Recife como armadilha
para o controle do inseto.
Batizado de Ovitrampa, o equipamento foi adaptado pelo Departamento de Zoologia da UFPE
(Universidade Federal de Pernambuco) e começou a ser instalado pelos estudantes no próprio
campus. A intenção da UFPE, porém, é disseminar o seu uso em
todas as áreas de infestação.
O dispositivo consiste em um
depósito escuro com uma espécie
de "chá de gramíneas" dentro dele. O cheiro da infusão atrai a fêmea do mosquito e o ambiente
aparentemente favorável a estimula a depositar seus ovos.
A postura é feita em uma palheta de madeira removível, colocada também no interior da armadilha. O suporte é retirado a cada
15 dias, e os ovos são destruídos.
Se nesse período houver eclosão, disse a professora da UFPE e
coordenadora da pesquisa sobre
o equipamento, Cleyde Albuquerque, as larvas são mortas por
um inseticida biológico, o Bacilus
thunringiensis, que é misturado
ao "chá de gramíneas".
Segundo ela, ao atrair e estimular o Aedes aegypti a depositar
seus ovos na armadilha, o mecanismo ajuda a conter a disseminação do inseto adulto, responsável
pela transmissão da dengue.
Testes comparativos em 101
quarteirões do bairro de Engenho
do Meio, em Recife, disse a pesquisadora, mostraram que o Ovitrampa é mais eficiente que a pesquisa larvária -busca por profissionais de criadouros do inseto.
Na área de testes, a pesquisa larvária detectou a presença do Aedes aegypti em três quarteirões
(2,9% do total). Já com o uso da
armadilha, disse a professora, esse percentual saltou para 80,2%.
Ou seja, o Ovitrampa revelou que
o inseto estava em pelo menos 80
dos 101 quarteirões pesquisados.
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