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Conflitos vêm ocorrendo desde 1995
da Reportagem Local
A criação do programa de bolsas
para incentivar a melhoria do ensino de graduação é apenas uma
das discussões acaloradas que vêm
ocorrendo entre o governo federal
e as instituições federais de ensino
superior (Ifes).
Desde que assumiu, em 1995, o
ministro da Educação, Paulo Renato Souza, vem tentando aprovar
uma lei para regulamentar a autonomia universitária.
Hoje, o MEC paga todos os salários dos cerca de 50 mil professores das Ifes e repassa para elas uma
verba de investimento e custeio.
A idéia da autonomia é destinar
o conjunto dos recursos de cada
universidade e esta definir, independentemente, sua política salarial e de investimento e custeio.
Pelo lado dos reitores, há a desconfiança de que, uma vez aprovada a autonomia, os recursos repassados não sustentem nem sequer as atividades atuais.
Pelo lado das associações docentes há também a crítica de que isso
romperá com a igualdade salarial
que hoje existe entre todos os professores das 52 Ifes. Essa isonomia
salarial é uma das bandeiras históricas da Andes.
Congresso
A questão está atualmente "encalhada" no Congresso, esperando uma definição melhor da reforma administrativa, que o governo
federal tenta aprovar.
Enquanto o debate da autonomia caminhava com dificuldade, o
governo tomou outras medidas
impopulares. Foi o caso da criação
do provão, o exame de final de
curso de graduação, que foi considerado uma intervenção do MEC
no trabalho das universidades.
Outra medida polêmica foi a
proibição, há dois anos, de fazer
concursos para contratar professores que substituiriam aqueles
que se aposentavam.
Com isso, as universidades passaram a contratar professores provisórios. Só que, para pagar os salários, tinham que tirar dinheiro
do orçamento de custeio -aquele
que paga contas de água e luz.
Diante do conflito armado por
causa das bolsas de incentivo à
graduação, o governo anunciou
que vai reabrir os concursos para
contratação de professor. O problema, agora, vai ser quantos professores cada instituição poderá
contratar (leia texto ao lado).
(FR)
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