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Ministério diz que responsabilidade é dos Estados
da Sucursal de Brasília
da Reportagem Local
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, afirmou ontem
que a averiguação de supletivos é
responsabilidade dos Estados.
Segundo ele, somente se o diploma falso fosse de ensino superior a responsabilidade pela apuração do caso seria do Minstério
da Educação.
Para a presidente do Sindicato
dos Supervisores de Ensino do
Estado de São Paulo, Maria Antônia Vedovato, é dever dos fiscais
denunciar cursos que vendem diplomas. "Esse é um caso de polícia, mas é dever do funcionário
público encaminhar denúncia ao
Ministério Público", afirmou.
A Secretaria de Estado da Educação informou ontem que tanto
alunos como faculdades e empregadores têm como checar a existência de fraudes na emissão de
diplomas de qualquer escola.
Segundo a secretaria, os diretores e secretários das escolas encaminham para a Diretoria de Ensino, no início de cada ano, uma relação com o nome e RG dos alunos aprovados no ano letivo anterior. Ao assinar a relação, diretor
e secretário assumem responsabilidade criminal pelos dados.
Um supervisor da diretoria faz
a checagem dos prontuários dos
alunos, que depois são repassados para a Coordenadoria de Ensino Estadual e publicados no
meio do ano no "Diário Oficial"
do Estado.
Segundo Neide Cruz, integrante do Conselho Estadual de Educação e assistente da secretaria, as
faculdades e os empregadores
têm duas formas para verificar a
veracidade de um diploma.
Primeiro, é preciso checar se o
certificado do candidato é verdadeiro no próprio "Diário Oficial"
ou solicitar a confirmação da informação na Diretoria de Ensino,
pedindo um "visto confere".
No segundo caso, um supervisor da diretoria vai até a escola
que emitiu o certificado e confirma se a situação do aluno está regularizada.
"O estudante que compra o diploma deve ter a noção que, mais
dia ou menos dia, ele pode ser pego. E, além de perder tudo o que
estudou, ainda responderá um
processo criminal."
A assessora da secretaria informou que o governo vai implantar
neste ano um cadastramento informatizado, com o nome e RG
dos alunos inscritos em todos os
cursos com sede no Estado.
Para não correr o risco de receber um diploma sem validade,
Neide Cruz orienta que os alunos
solicitem informações sobre a
existência de autorização da funcionamento da escola e do curso
desejado. As informações podem
ser obtidas nas Diretorias de Ensino e na Secretaria Estadual da
Educação.
A presidente do Sindicato dos
Supervisores de Ensino do Estado de São Paulo afirma que o número de funcionários para fiscalizar as escolas é insuficiente.
A secretaria discorda e informa
que há cerca de 1.500 supervisores no Estado, o que dá uma média de um para cada cinco escolas, sem contar as irregulares.
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