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MEDICAMENTOS
Para Gro Harlem, país é exemplo para a América Latina
OMS elogia iniciativa do Brasil de incentivo aos genéricos
free-lance para a Folha
A diretora-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde),
Gro Harlem Brundtland, elogiou a iniciativa do governo brasileiro de implementar uma política de medicamentos genéricos no país.
Ela disse que a iniciativa lançada em 1998 segue os princípios e estratégias de medicamentos essenciais recomendados e promovidos pela OMS.
No entanto, ela ressaltou que
são necessárias mudanças na legislação para que os genéricos
se tornem uma realidade no
Brasil. Ela lembrou que nos Estados Unidos os genéricos são
responsáveis por 50% do mercado farmacêutico.
Durante o seu depoimento na
CPI dos Medicamentos, Gro
Harlem afirmou que a promoção do uso de genéricos de qualidade faz parte de políticas nacionais de medicamentos recomendadas pela OMS.
"É uma estratégia importante
para promover tanto preços que
podem ser pagos quanto o acesso (aos medicamentos )", disse.
Gro Harlem informou que o
resumo da política de genéricos
brasileira foi publicada em espanhol, inglês e francês pela
OMS e é indicada como um
bom exemplo para países da
América Latina e de outros lugares do mundo.
Investimento
O ministro José Serra (Saúde)
disse ontem que o governo vai
investir US$ 20 milhões nos laboratórios públicos estaduais
para aumentar a produção de
remédios a baixo custo. Os recursos são do Banco Mundial e
do Banco Interamericano de
Desenvolvimento e serão aplicados a partir deste ano.
Esses medicamentos serão
distribuídos gratuitamente para
a população que não tem condições de comprar remédios nas
farmácias. A distribuição dos
medicamentos será feita por
meio do programa Farmácia
Básica, do Ministério da Saúde.
Atualmente, o governo gasta
cerca de R$ 600 milhões com
compras de medicamentos,
principalmente contra a Aids.
Serra disse que o estímulo à
produção de laboratórios oficiais é a maneira mais eficiente
de garantir o acesso das pessoas
carentes aos remédios. O ministro fez essas ponderações ao ser
questionado sobre a proposta
da Abifarma (Associação Brasileira de Indústria Farmacêutica)
de montar uma cesta básica.
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