São Paulo, quarta-feira, 05 de abril de 2000


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MEDICAMENTOS
Para Gro Harlem, país é exemplo para a América Latina
OMS elogia iniciativa do Brasil de incentivo aos genéricos

free-lance para a Folha

A diretora-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Gro Harlem Brundtland, elogiou a iniciativa do governo brasileiro de implementar uma política de medicamentos genéricos no país.
Ela disse que a iniciativa lançada em 1998 segue os princípios e estratégias de medicamentos essenciais recomendados e promovidos pela OMS.
No entanto, ela ressaltou que são necessárias mudanças na legislação para que os genéricos se tornem uma realidade no Brasil. Ela lembrou que nos Estados Unidos os genéricos são responsáveis por 50% do mercado farmacêutico.
Durante o seu depoimento na CPI dos Medicamentos, Gro Harlem afirmou que a promoção do uso de genéricos de qualidade faz parte de políticas nacionais de medicamentos recomendadas pela OMS.
"É uma estratégia importante para promover tanto preços que podem ser pagos quanto o acesso (aos medicamentos )", disse.
Gro Harlem informou que o resumo da política de genéricos brasileira foi publicada em espanhol, inglês e francês pela OMS e é indicada como um bom exemplo para países da América Latina e de outros lugares do mundo.

Investimento
O ministro José Serra (Saúde) disse ontem que o governo vai investir US$ 20 milhões nos laboratórios públicos estaduais para aumentar a produção de remédios a baixo custo. Os recursos são do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento e serão aplicados a partir deste ano.
Esses medicamentos serão distribuídos gratuitamente para a população que não tem condições de comprar remédios nas farmácias. A distribuição dos medicamentos será feita por meio do programa Farmácia Básica, do Ministério da Saúde.
Atualmente, o governo gasta cerca de R$ 600 milhões com compras de medicamentos, principalmente contra a Aids.
Serra disse que o estímulo à produção de laboratórios oficiais é a maneira mais eficiente de garantir o acesso das pessoas carentes aos remédios. O ministro fez essas ponderações ao ser questionado sobre a proposta da Abifarma (Associação Brasileira de Indústria Farmacêutica) de montar uma cesta básica.


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