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São Paulo, sábado, 05 de abril de 2003

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POLÍCIA

Polícia acredita que dona-de-casa de 53 anos conhecia assassino, já que a porta estava trancada e sem sinais de arrombamento

Mulher é achada morta a facadas na Lapa

DO "AGORA"

A dona-de-casa Rosana Raimundo Pierre, 53, foi encontrada morta, anteontem à noite, no quarto de seu apartamento, no Condomínio Central Park Lapa, na zona oeste de São Paulo. No local moram cerca de 6.000 pessoas, mas, segundo a polícia, ninguém teria percebido nada.
Ela estava na cama, amordaçada, vendada e com pés e mãos amarrados. No corpo, 12 facadas. A polícia acredita que ela conhecia o assassino, já que a porta estava trancada e sem sinais de arrombamento. A dona-de-casa, ainda de acordo com a polícia, chegou a preparar um café para quem a matou. Digitais encontradas em duas xícaras são as principais pistas do crime. Uma estava na cozinha e cheia de café; a outra, vazia, foi encontrada na sala.
A dona-de-casa era separada e vivia com o filho, o analista de sistemas Antônio Pierre Júnior, 25 anos. O analista, segundo o que contou à polícia, voltou do trabalho por volta das 19h de anteontem e estranhou a porta do apartamento trancada e a janela da sala aberta. Ele afirmou não ter a chave da porta.
Antes disso, o filho disse que ela havia ligado para saber se ele estava vendendo seu carro. O telefonema chamou a atenção da polícia, já que isso indica que o assassino pode ter chegado até o apartamento da vítima com a desculpa de que iria comprar o carro, que não está à venda.
O analista afirma que ficou preocupado e que ligou para o pai, Antônio Pierre, 52. Ele sugeriu que o filho "desse um tempinho". Meia hora depois, Pierre ligou para o filho e, ao saber que a mãe ainda não havia retornado, seguiu para o condomínio.
O ex-marido, que tinha a chave do apartamento, abriu a porta e encontrou o quarto da dona-de-casa trancado. Ele afirma que pediu, então, a ajuda de um vizinho, que usou sua própria chave para abrir o quarto.
A dona-de-casa estava deitada na cama, vestida e sem sinais de violência sexual. Mãos e pés estavam amarrados para a frente. Os olhos, vendados, e a boca, amordaçada. As 12 perfurações espalhavam-se pelo peito, pelo pescoço e pelo abdome.
De acordo com a polícia, vários aparelhos eletrônicos da casa foram roubados.


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