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Padrinho de coronel é preso no ES
DA AGÊNCIA FOLHA
A polícia prendeu anteontem o
padrinho do coronel reformado
da PM Walter Gomes Ferreira,
suspeito de ser mandante do assassinato do juiz de execuções penais Alexandre Martins de Castro
Filho, ocorrido no último dia 24.
Joaquim Barbosa, 80, o Soquinha, foi preso em Pancas (190 km
a noroeste de Vitória). Ele é suspeito de ser o intermediário que
contratou os pistoleiros do crime.
Na casa de Soquinha foram
apreendidos US$ 25 mil e R$ 27
mil, em um cofre. "A quantia em
reais foi sacada no dia seguinte ao
crime", disse o chefe do DHPP
(Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa), delegado Danilo Bahiense.
Segundo ele, também foram encontradas armas e contas telefônicas com ligações para o orelhão
da Papudinha, penitenciária no
Acre onde está o coronel. A polícia vai pedir a quebra do sigilo telefônico de Soquinha.
Na mesma operação foram presas mais nove pessoas que teriam
envolvimento com Ferreira. O
juiz Castro Filho foi o responsável
pela transferência do coronel para
o presídio do Acre.
Ferreira é acusado de comandar
um esquema de pistolagem no
Espírito Santo. Seu advogado, Lisandro Lugon, atribuiu a acusação de envolvimento de seu cliente na morte do juiz "à necessidade
de dar uma satisfação para a sociedade com rapidez".
Crime
Mesmo depois da prisão de três
rapazes que confessaram o assassinato do juiz um dia depois do
crime, a polícia capixaba vem insistindo na versão da participação
do coronel no crime.
Os três jovens afirmaram que
mataram o juiz porque ele teria
reagido a uma tentativa de assalto. Essa hipótese, porém, foi
"completamente" descartada pelo secretário da Segurança Pública, Rodney Miranda.
Como indício do envolvimento
do coronel no crime, a polícia
apresentou um suposto plano dele para assassinar juízes, promotores, delegados e outras autoridades do Estado. O suposto plano
foi revelado ao Ministério Público
em janeiro de 2002 no depoimento do agricultor Manoel Corrêa,
testemunha nas investigações do
crime organizado capixaba.
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