São Paulo, quinta-feira, 05 de abril de 2007

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Caos aéreo e calor turbinam Páscoa na praia

Projeção é que cerca de 1,2 milhão de veículos deixem a cidade de São Paulo a partir de hoje em conseqüência do feriado

Cidades do litoral e do interior têm alta ocupação de hotéis; a maioria espera receber número de turistas superior ao do ano passado

AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL

As principais cidades turísticas do litoral e do interior de SP saíram ganhando no feriado de Páscoa em razão dos constantes problemas nos aeroportos. Os municípios estão com alta taxa de ocupação de hotéis e a maioria espera receber uma quantidade de turistas superior ao do ano passado.
No caso das cidades praianas, a avaliação é que, além da crise aérea, o forte calor também tenha sido um aliado -apesar de a previsão do tempo ser de pancadas de chuva no período.
São Sebastião, no litoral norte, tem expectativa de receber 150 mil pessoas -10% a mais que em 2006, segundo a prefeitura. Já Santos prevê uma ocupação na rede hoteleira de 83% (de 180 mil a 270 mil turistas) -o que supera em mais de 30% a ocupação do ano anterior.
No Guarujá, há expectativa de receber 15% a mais de turistas do que na última Páscoa. "Com a crise, os turistas têm preferido viajar de carro ou ônibus. Por essa razão, cresce a procura por destinos mais próximos, como o litoral de São Paulo, para evitar os transtornos da ponte-aérea", diz Valter Batista, secretário de Turismo.
Pela tradição em fábricas artesanais de chocolate, Campos do Jordão também é muito procurada na Páscoa. A prefeitura diz que já tem 100% de ocupação, como em 2006. Porém, diz a prefeitura, a procura é maior neste ano em razão do surto de dengue em Ubatuba.
Lupércio Conde Júnior, presidente da Associação das Pousadas e Hotéis de Maresias, diz que, até agora, há 75% de ocupação. Ele disse acreditar que esse índice chegue a 100%.
Angra dos Reis (RJ) também espera chegar à totalidade de ocupação -por enquanto, a taxa é de 92%. Segundo Cristiane Brasil, diretora da TurisAngra, a demanda é 8% superior a 2006 por três motivos. O primeiro é o apagão aéreo, o segundo é a proximidade com São Paulo, Rio e Minas Gerais, e, por último, está o aumento do turismo de argentinos.
Segundo Leonel Rossi, diretor da Associação Brasileira de Agências de Viagem, houve queda de 10% nas viagens de avião neste feriado. "Desde o final de 2006 a procura nas grandes metrópoles é por destinos que ficam a até 400 km de distância e que possam ser feitos com o próprio carro."


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