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Sem trabalho, estudante acha tempo para malhar
Mais que preguiça, falta de horário era o grande inimigo
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a estudante de direito
Nilma Barbosa Quariguasi, 23,
a falta de tempo -mais do que a
preguiça- é o principal obstáculo para a realização de atividades físicas. "Quando eu trabalhava, tinha vezes em que eu
nem almoçava. Imagina então
conseguir achar tempo para me
exercitar", diz Nilma, que largou um estágio para se preparar para a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
"Eu saía do trabalho às 20h,
mas só chegava em casa às 21h,
22h. E tinha vezes em que eu
saía à 0h, 1h. Não dava", conta a
estudante, que, depois que passou a se dedicar aos estudos,
aumentou sua frequência na
academia de uma ou duas para
quatro vezes semanais.
Segundo Nilma, poder fazer
tudo a pé também a ajuda a
continuar malhando. "Se ainda
tivesse de pegar o carro para vir
fazer os exercícios, desanimaria", conta ela, que vai a pé para
a academia e para a faculdade.
"Mas há o dilema entre ter
tempo ou dinheiro", diz, ressaltando que, se por um lado tem
agora mais opções de horário
para malhar, por outro, perdeu
o salário, o que fez com que ficasse mais difícil pagar a academia -Runner, onde um plano
básico chega a R$ 319 mensais.
O jeito foi recorrer aos pais e
abrir mão de gastos com os
quais estava acostumada, como
compras ocasionais em shoppings e idas a restaurantes. Para ela, quem escolhe se exercitar está optando por fazer um
programa de saúde, que envolve mudar hábitos e reorganizar
tempo e gastos.
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