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Pitta era refém de esquema malufista, afirma advogado
da Reportagem Local
Cid Vieira de Souza Filho, advogado do prefeito Celso Pitta, tentou entregar um dossiê ontem ao
Ministério Público. Segundo ele,
os documentos evidenciam que a
máfia da propina tem raízes na
gestão do padrinho político de Pitta, Paulo Maluf (PPB).
O advogado disse que Pitta não
ofereceu os documentos antes por
que "era refém do esquema malufista, do qual acaba de se libertar".
Por meio de sua assessoria, Pitta
disse que o advogado não estava
autorizado a fazer comentários.
Estaria apenas incumbido de entregar a documentação ao Ministério Público para ajudar os promotores nas investigações.
Segundo a assessoria, os problemas "remontam às gestões anteriores, mas não deixarão de ser investigados e resolvidos". Pitta deixou o PPB no mês passado, após
romper publicamente com Maluf.
O promotor José Carlos Blat não
recebeu as cerca de 400 páginas de
documentos trazidas pelo advogado e sugeriu que o dossiê fosse encaminhado ao procurador-geral
de Justiça Luiz Antônio Marrey,
que deve receber Pitta amanhã.
"Não são documentos de defesa,
porque o prefeito não está sendo
acusado", disse o advogado. "Pitta
foi refém do malufismo durante
anos e, agora que se libertou, vai
mostrar a transparência de sua administração e ajudar a acabar com
esse verdadeiro cancro de corrupção que tomou conta da cidade."
Alguns documentos, segundo o
advogado, comprovam contratações irregulares feitas antes da gestão de Pitta. Souza Filho não quis
dar mais detalhes sobre o dossiê.
"Ele (Pitta) não foi soberano todos
esses anos", afirmou ao ser perguntado se o material mostrava
que Maluf ainda comanda a administração municipal. "Cabe ao Ministério Público avaliar quem tinha o poder, mas posso dizer que
provavelmente será Maluf", completou o advogado.
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