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Alteração do ECA é equívoco, dizem ONGs
DA REPORTAGEM LOCAL
"Enquanto não se cumprir o
ECA, não há porque falar em uma
mudança na legislação." A opinião do presidente da Fundação
Abrinq, Helio Mattar, é corroborada por membros de entidades
de defesa dos direitos humanos.
A crítica vem na esteira da crise
que atinge a Febem, classificada
por especialistas como uma das
mais graves dos últimos anos.
No manifesto, as entidades argumentam que uma alteração na
legislação é considerada um "retrocesso" e diz que "o Estado deve
mudar, não o ECA".
Para tentar reverter o quadro, as
entidades sugerem que se fortaleçam os Conselhos de Direitos e
propõem a extinção do atual modelo da Febem e a criação de um
novo órgão, com estrutura de
atendimento e projeto educativo
voltados para esse grupo de jovens infratores. Eles consideram
que somente a aplicação correta
da lei e uma discussão maior da
questão entre as instâncias jurídicas, como o Ministério Público e
os juizados, serão capazes de acelerar e colocar "realmente" em
prática aquilo que está na lei.
"Essa é uma questão complexa e
o desafio está posto. Mas uma filosofia de contenção pouco vai
adiantar", afirma Mattar.
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