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Ministério criou secretaria específica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para tentar erradicar o analfabetismo no país até 2006, conforme promete, o Ministério da Educação criou neste ano uma secretaria específica para o assunto.
Em três meses, a secretaria firmou
convênios para capacitar 27.100
alfabetizadores, que ensinarão
451 mil pessoas a ler e escrever.
Além disso, outros 17 projetos
estão em análise no ministério
prevendo atingir 1 milhão de jovens e adultos dentro do programa Brasil Alfabetizado.
Segundo o secretário de Erradicação do Analfabetismo, João
Luiz Homem de Carvalho, se forem somados a esses dados os
protocolos de intenção que prefeituras e entidades não-governamentais querem assinar, poderá
ser possível alfabetizar 4,2 milhões de pessoas até dezembro.
O MEC tem disponíveis R$ 273
milhões, o que é suficiente para
alfabetizar 3 milhões de jovens e
adultos. Essa diferença de 1,2 milhão de pessoas custaria mais R$
50 milhões ao governo federal.
"Vamos tentar arrumar esses
recursos, mas também queremos
contar com a participação da sociedade", afirmou Carvalho.
De acordo com o secretário, o
único governo estadual que ainda
não manifestou interesse em
montar turmas de alfabetização
foi o da Bahia, apesar de o Estado
ter 2,3 milhões de analfabetos. (O
governo da Bahia nega a afirmação, ver texto ao lado.)
"O analfabetismo está ligado
também à insensibilidade da classe governante. Precisamos reverter esse quadro. Também é preciso haver mobilização da sociedade", disse Carvalho.
As instituições que quiserem
participar do Brasil Alfabetizado
devem se cadastrar no ministério
e apresentar projetos educacionais. Podem participar prefeituras, governos estaduais e entidades não-governamentais, além de
sindicatos e associações.
Os alfabetizadores passam por
cursos de capacitação elaborados
e executados em parceria com
instituições públicas e privadas de
ensino superior. Essas instituições recebem R$ 40 para a capacitação de cada alfabetizador.
Para o alfabetizador, o MEC
destina R$ 15 por mês por aluno
em sala, chegando a 40 por turma.
Os cursos de alfabetização duram,
em média, de seis a oito meses.
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