São Paulo, domingo, 05 de junho de 2005

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Prefeitura promete maior fiscalização em áreas visadas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo pretende coibir a ação de pichadores com a limpeza constante dos muros e fiscalização das áreas mais visadas. Além de identificar os autores da pichação, por meio da ação da polícia e da guarda municipal, a proposta é estimular o uso de oficinas de grafitagem e de cursos profissionalizantes.
O programa piloto antipichação lançado no dia 17 do mês passado na rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros (zona oeste) deve ser levado para outras áreas da cidade, começando pelo Ipiranga.
Até agora, já foram pintados os muros de 70 imóveis na Cardeal. No último dia 27, seis jovens, que tentaram pichar um muro da rua, foram detidos. Todos foram liberados e, segundo a assessoria da Subprefeitura de Pinheiros, assistentes sociais já entraram em contato com a família deles para integrá-los em atividades sociais.
A maior parte dos urbanistas trata a questão como um fator social e não com uma questão policial. "A pichação é uma conseqüência, temos que discutir o pichador", afirma a presidente da Associação de Ensino de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, Anália Amorim. Para ela, o pichador é uma pessoa que tem inclinação artística e deveria ser orientado a exercer o dom.
O arquiteto e conselheiro do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) Lúcio Gomes Machado tem opinião mais rígida. "É barbárie, uma manifestação de falta de cultura que prejudica a paisagem urbana", diz. Ele acredita que a ação deveria ser combatida como qualquer dano à propriedade privada.

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