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Prefeitura promete maior fiscalização em áreas visadas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo
pretende coibir a ação de pichadores com a limpeza
constante dos muros e fiscalização das áreas mais visadas. Além de identificar os
autores da pichação, por
meio da ação da polícia e da
guarda municipal, a proposta é estimular o uso de oficinas de grafitagem e de cursos profissionalizantes.
O programa piloto antipichação lançado no dia 17 do
mês passado na rua Cardeal
Arcoverde, em Pinheiros
(zona oeste) deve ser levado
para outras áreas da cidade,
começando pelo Ipiranga.
Até agora, já foram pintados os muros de 70 imóveis
na Cardeal. No último dia
27, seis jovens, que tentaram
pichar um muro da rua, foram detidos. Todos foram liberados e, segundo a assessoria da Subprefeitura de Pinheiros, assistentes sociais já
entraram em contato com a
família deles para integrá-los
em atividades sociais.
A maior parte dos urbanistas trata a questão como um
fator social e não com uma
questão policial. "A pichação é uma conseqüência, temos que discutir o pichador", afirma a presidente da
Associação de Ensino de Arquitetura e Urbanismo de
São Paulo, Anália Amorim.
Para ela, o pichador é uma
pessoa que tem inclinação
artística e deveria ser orientado a exercer o dom.
O arquiteto e conselheiro
do Condephaat (Conselho
de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado
de São Paulo) Lúcio Gomes
Machado tem opinião mais
rígida. "É barbárie, uma manifestação de falta de cultura
que prejudica a paisagem
urbana", diz. Ele acredita
que a ação deveria ser combatida como qualquer dano
à propriedade privada.
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