São Paulo, segunda-feira, 05 de junho de 2006

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Matemática não é só para gênios, diz educador

DA SUCURSAL DO RIO

Ganhador em 2006 da medalha Felix Klein, do Comitê Internacional de Educação Matemática, o professor da PUC-SP Ubiratan D'Ambrosio vê nas olimpíadas uma excelente oportunidade para identificar e estimular talentos, mas diz ser mais importante tratar da massa de estudantes que não gostam e não vão bem na disciplina.
Segundo ele, há o risco de esses estudantes que não receberam prêmios se sentirem inferiores ou perdedores. "Uma boa educação deve atingir todos, e não apenas alguns. Para esses alguns, tem que haver estímulo para que voem o mais alto possível. Essa é a função das olimpíadas. Para os demais, é importante evitar a frustração e a perda de auto-estima", diz.
Para o educador, é possível fazer a disciplina mais acessível para a maioria, ensinando uma matemática "interessante e gostosa", que não seja "seca, árida ou difícil como a que é ensinada hoje nos cursos tradicionais". "O fazer matemático, em doses acessíveis, não dá indigestão. Não é coisa só para gênios."


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