São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002
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PANORÂMICA JUSTIÇA Acusados de nepotismo assumem principais cargos em tribunal do Amazonas Desembargadores acusados de nepotismo e de venda de sentenças assumiram ontem os principais cargos do Tribunal de Justiça do Amazonas. A desembargadora Marinildes Lima é a nova presidente do TJ até 2004. Ela está na lista de nepotismo com sete parentes contratados, conforme denúncia enviada em maio pela OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil) ao Ministério Público Federal. O desembargador Arnaldo Carpinteiro Péres assumiu o cargo de corregedor-geral de Justiça. Ele está na lista com três parentes contratados. Ele não quis comentar o assunto ontem. A OAB diz que são 44 parentes de 16 magistrados. Os salários variam de R$ 3.500 a R$ 5.000. O desembargador Ubirajara Francisco de Moraes assumiu o cargo de vice-presidente do TJ. Ele é acusado de receber R$ 8.000 para conceder sentenças a favor do Sindicatos dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Manaus. A denúncia está sendo investigada pelo Superior Tribunal de Justiça. Ele nega a acusação. Marinildes disse que a denúncia de nepotismo estava ultrapassada. "Isso [o nepotismo" é um problema tão ultrapassado. Em todos os poderes tem", afirmou. Quanto à venda de sentenças, disse que não havia sido informada oficialmente pelo STJ. Ela foi aplaudida na posse pelo governador Amazonino Mendes (PFL) e os senadores Bernardo Cabral (PFL-AM) e Jefferson Péres (PDT-AM). Só Péres falou sobre as denúncias contra o Judiciário do Amazonas e o da Bahia [o TJ da Bahia beneficiou juízes aposentados com salário extra". "Em todos os poderes há uma banda podre e isso conta a corrupção. O nepotismo tem de ser varrido através de leis", disse Péres, que é irmão do novo corregedor-geral de Justiça, Arnaldo Carpinteiro Péres. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS) Texto Anterior: Infância: Governo faz plano emergencial para reduzir criminalidade entre jovens Próximo Texto: Educação: Rio regulamenta lei de cotas para negros Índice |
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