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VIOLÊNCIA
Proposta está sendo estudada pela Secretaria da Segurança Pública e deve seguir logo para o governador
Rio quer cobrar tributo para segurança
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
O governo do Estado do Rio de Janeiro quer implantar, a partir do
ano que vem, uma taxa de segurança pública a ser paga por todos
os cidadãos do Estado do Rio.
Os estudos para a implantação
da taxa começaram a ser feitos pela
SSP (Secretaria da Segurança Pública) no primeiro semestre.
O projeto de criação da taxa de
segurança pública deve seguir logo
para o governador Marcello Alencar (PSDB).
Caso o governador dê a aprovação, o projeto será enviado à Assembléia Legislativa, para que haja
votação. A idéia é iniciar a cobrança em 1998.
A criação da taxa de segurança
começou a ser discutida no ano
passado pelo secretário da Segurança Pública, general da reserva
Nilton Cerqueira.
Consultado, o governador mandou que lhe apresentassem estudos sobre o tema, para o encaminhamento de mensagem à Assembléia.
Incumbido de defender a idéia
junto aos deputados, o tenente-coronel da PM (Polícia Militar) Milton Corrêa da Costa, assessor técnico e parlamentar da SSP, disse
ontem que, sem a taxa de segurança, "não há saída".
Segundo Corrêa da Costa, o dinheiro arrecadado pela taxa será
investido na reequipagem das polícias Militar e Civil e na melhoria
salarial dos cerca de 45 mil funcionários da SSP.
"A implantação da taxa de segurança é, a curto prazo, o único caminho para reequipar todo o sistema da secretaria e pagar salários
condizentes", afirmou o assessor.
Pelo estudo inicial, a taxa de segurança deverá ser cobrada por
ano, uma única vez, possivelmente
em fevereiro. Não está descartada
a hipótese de um parcelamento,
como ocorre com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
"Existe taxa de incêndio, taxa
disso, daquilo. Por que não a taxa
de segurança? Por que não pagar
para ter mais segurança pública? A
taxa seria o nosso ovo de Colombo", afirmou Corrêa da Costa.
Em 1996, os gastos do Estado
com a SSP foram de R$ 1 bilhão,
entre pagamento de pessoal, manutenção e compra de equipamentos, armas e carros.
Para este ano, a previsão é que os
gastos cresçam cerca de 30%, já
que estão ocorrendo promoções
nas polícias Civil e Militar, admissão de novos delegados e abertura
de concursos.
"Se pudéssemos suprir os gastos
da secretaria com a taxa de segurança, sobraria pelo menos R$ 1
bilhão para a saúde e a educação",
disse o assessor da SSP.
O plano inicial da secretaria prevê que a cobrança varie de acordo
com a faixa salarial de cada contribuinte. Por enquanto, não está
prevista isenção da cobrança para
os cidadãos de menor renda.
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