São Paulo, Segunda-feira, 05 de Julho de 1999
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"Pensei que era emprego'

especial para a Folha

Em janeiro, Marcos Jacumetti, 30, viu no jornal um anúncio oferecendo vaga para analista financeiro. Desempregado, dirigiu-se à empresa. Chegando lá, a surpresa: tratava-se de uma assessoria de recolocação.
"Eu não sabia. Pensei que era emprego. Mas já estava lá e fiz uma entrevista. Foi aí que me explicaram que havia muitas vagas, só que eles é que indicavam as pessoas", conta.
Com a expectativa de arrumar emprego com mais facilidade, Jacumetti assinou contrato com a empresa.
O serviço consistia em um curso de oito horas de duração, elaboração de currículo personalizado, elaboração do perfil profissional do candidato e publicação na revista da própria assessoria, que circula em 1.500 empresas.
Em contrapartida, Jacumetti pagaria R$ 297, divididos em três parcelas, mais uma taxa de R$ 840 após a recolocação, dividida em duas vezes.
Como o curso caía numa data em que Jacumetti já tinha planejado viajar, ele tentou transferir. "Eles me atenderam com descaso e nem consegui falar com a pessoa que me entrevistou. Depois tentei cancelar o contrato, mas não consegui. Cancelei o pagamento, feito por meio de cartão de crédito. Só aí é que me ligaram, para cobrar o pagamento."
O currículo, Jacumetti só viu quando reclamou ao Procon. "Era inferior ao que eu mesmo tinha feito, me senti lesado."


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