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Situação é melhor em praias do sul do Estado
DA AGÊNCIA FOLHA
A quantidade de equipamentos
para salvamento no litoral sul de
São Paulo é a ideal para atender as
ocorrências normais. A afirmação
é da tenente Lizandra Donamore
dos Santos, do 17º Grupamento
de Bombeiros, unidade com sede
no Guarujá dedicada unicamente
a prestar atendimento em praias.
"Se cair um Boeing por aqui
com 300 pessoas, certamente nosso equipamento e pessoal serão
insuficientes, mas nas atuais condições não há problemas."
Além de botes, motos aquáticas
e unidades de resgate móvel, a infra-estrutura para salvamentos
no litoral sul inclui dois helicópteros (um com base no Guarujá e
outro em Praia Grande), um navio e seis lanchas. Em temporadas, o litoral norte fica com um
helicóptero e um navio.
Entre abril e novembro (fora da
temporada de verão), o efetivo
dos bombeiros destinado a salvamentos no litoral paulista reúne
cerca de 650 homens (entre salva-vidas, tripulação das embarcações
e pessoal administrativo).
Guarujá e Praia Grande são as
duas cidades com os maiores contingentes de salva-vidas de todo o
litoral. Fora das temporadas, há
58 no Guarujá e 51 em Praia Grande -no verão, o efetivo é incrementado, em média, em 40% em
todas as cidades.
Entretanto, apesar dos 18,4 km
de faixa de areia no Guarujá e dos
24,5 km em Praia Grande, os salva-vidas nunca estão todos juntos
nas praias ao mesmo tempo. Como nas demais cidades litorâneas,
eles trabalham em turnos de 12
horas, com 36 horas de descanso.
Nem todas as 283 praias do Estado têm a presença de salva-vidas. Eles estão nos 350 km mais
frequentados dos 650 km de
praias paulistas.
Nas temporadas de verão, são
contratados homens para reforço,
por meio de parcerias com empresas ou do auxílio de prefeituras. Na temporada passada, a Petrobras e a ONG Instituto Mensageiros garantiram uma ampliação
temporária de 40% (260 homens)
no quadro de salva-vidas.
Os R$ 550 mil investidos pela
Petrobras foram aplicados no pagamento dos contratados, aquisição de equipamentos, como botes, motores de popa, máscaras,
nadadeiras e uniformes, e em
campanhas educativas.
Desde 1986, o Guarujá é a cidade
do litoral paulista onde mais banhistas são salvos no mar pelos
bombeiros, e Praia Grande é o lugar da região onde mais pessoas
morrem por afogamento.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os salva-vidas fizeram, entre
janeiro de 1986 e junho deste ano,
9.423 salvamentos nas praias do
Guarujá, que lidera o ranking em
todos os anos do levantamento.
Em Praia Grande, morreram no
mar 717 pessoas desde 1986. Dos
16 anos do levantamento (incluído 2001, até junho), em 11 a cidade
teve o maior número de afogamentos do litoral paulista. Segundo o Corpo de Bombeiros, o problema está relacionado a comida e
bebida em excesso, exposição
prolongada ao sol e, depois, banho no mar.
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