São Paulo, domingo, 05 de agosto de 2001

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Situação é melhor em praias do sul do Estado

DA AGÊNCIA FOLHA

A quantidade de equipamentos para salvamento no litoral sul de São Paulo é a ideal para atender as ocorrências normais. A afirmação é da tenente Lizandra Donamore dos Santos, do 17º Grupamento de Bombeiros, unidade com sede no Guarujá dedicada unicamente a prestar atendimento em praias.
"Se cair um Boeing por aqui com 300 pessoas, certamente nosso equipamento e pessoal serão insuficientes, mas nas atuais condições não há problemas."
Além de botes, motos aquáticas e unidades de resgate móvel, a infra-estrutura para salvamentos no litoral sul inclui dois helicópteros (um com base no Guarujá e outro em Praia Grande), um navio e seis lanchas. Em temporadas, o litoral norte fica com um helicóptero e um navio.
Entre abril e novembro (fora da temporada de verão), o efetivo dos bombeiros destinado a salvamentos no litoral paulista reúne cerca de 650 homens (entre salva-vidas, tripulação das embarcações e pessoal administrativo).
Guarujá e Praia Grande são as duas cidades com os maiores contingentes de salva-vidas de todo o litoral. Fora das temporadas, há 58 no Guarujá e 51 em Praia Grande -no verão, o efetivo é incrementado, em média, em 40% em todas as cidades.
Entretanto, apesar dos 18,4 km de faixa de areia no Guarujá e dos 24,5 km em Praia Grande, os salva-vidas nunca estão todos juntos nas praias ao mesmo tempo. Como nas demais cidades litorâneas, eles trabalham em turnos de 12 horas, com 36 horas de descanso.
Nem todas as 283 praias do Estado têm a presença de salva-vidas. Eles estão nos 350 km mais frequentados dos 650 km de praias paulistas.
Nas temporadas de verão, são contratados homens para reforço, por meio de parcerias com empresas ou do auxílio de prefeituras. Na temporada passada, a Petrobras e a ONG Instituto Mensageiros garantiram uma ampliação temporária de 40% (260 homens) no quadro de salva-vidas.
Os R$ 550 mil investidos pela Petrobras foram aplicados no pagamento dos contratados, aquisição de equipamentos, como botes, motores de popa, máscaras, nadadeiras e uniformes, e em campanhas educativas.
Desde 1986, o Guarujá é a cidade do litoral paulista onde mais banhistas são salvos no mar pelos bombeiros, e Praia Grande é o lugar da região onde mais pessoas morrem por afogamento.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os salva-vidas fizeram, entre janeiro de 1986 e junho deste ano, 9.423 salvamentos nas praias do Guarujá, que lidera o ranking em todos os anos do levantamento.
Em Praia Grande, morreram no mar 717 pessoas desde 1986. Dos 16 anos do levantamento (incluído 2001, até junho), em 11 a cidade teve o maior número de afogamentos do litoral paulista. Segundo o Corpo de Bombeiros, o problema está relacionado a comida e bebida em excesso, exposição prolongada ao sol e, depois, banho no mar.


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