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Febre "alertou" caso de leucemia
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um ano e nove meses,
Guilherme Santos Alves brinca
animado com tudo o que encontra pela frente na escolinha do
Hospital do Câncer.
Nem parece se importar com o
cateter espetado no bracinho, ligado a um tubo de soro. "Ele come de tudo e brinca muito", diz a
mãe, Teresinha Santos Alves.
No final do ano passado, ela teve
um baque. Levou o filho, que estava com febre, ao médico. A suspeita era virose, porque Guilherme havia acabado de entrar na escolinha. "No dia 28 de novembro,
ele ficou prostrado. O médico
mandou internar, e veio o diagnóstico: leucemia [câncer no sangue"." No dia 8 de dezembro, começou a quimioterapia.
De lá para cá, o menino passa
por sessões de quimioterapia semanalmente, intercalando fases
ambulatoriais e de internação.
"Não tínhamos idéia de como é
importante um diagnóstico rápido nesses casos; quando recebemos a notícia, não sabíamos o que
fazer", afirma Teresinha. "Pelo
apoio que eu tive, me considero
uma mãe de sorte", diz.
Falta de apetite
Elder Ferreira dos Santos, 4, estava pálido, sem apetite. Um dia,
sentiu uma forte dor abdominal.
"Como passou, não levei logo ao
médico", afirma sua mãe, Ana
Maria Queiroz.
De acordo com Ana Maria, o filho já estava com uma consulta
marcada, depois que a enfermeira
da creche alertou sobre a falta de
apetite. Na consulta, a médica disse que era prisão de ventre e receitou um óleo, que ele tomou por
um período de quatro dias.
"Como não houve melhora, levei novamente, só que em outro
médico. Esse já receitou uma lavagem [irrigação do intestino",
além de remédio para prisão de
ventre", conta.
Só a terceira pediatra procurada
pensou em pedir um exame de ultra-som, depois uma tomografia,
que acusou linfoma não-Hodgkin
(um tumor de gânglios linfáticos
de evolução muito rápida), dez
dias depois de Elder ter reclamado da primeira dor.
Após três ciclos de quimioterapia e uma cirurgia, o tumor sumiu. Na semana retrasada, reapareceu, na mandíbula. Elder voltou
para a quimioterapia, dessa vez,
com remédios mais fortes. A
exemplo de Guilherme, ele também está reagindo bem.
Ana Maria dá um conselho às
mães: "Mudou a fisionomia ou o
comportamento, deixou de comer, leve ao médico."
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