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SAÚDE
Remédio é opção para evitar surtos
Nova droga combate esclerose múltipla
da Reportagem Local
Uma nova droga que ajuda a evitar crises nos pacientes que sofrem
de esclerose múltipla chega ao
mercado brasileiro nesta semana.
O copaxone será mais uma opção no tratamento dos surtos da
doença neurológica que atinge
cerca de 15 mil pessoas no Brasil.
Estudo publicado em março
mostrou que 56% dos pacientes
tratados com o novo remédio durante 2 anos nos EUA não apresentaram recaídas.
A esclerose múltipla é o nome
dado a uma inflamação que ocorre
na bainha de mielina (que envolve
as células nervosas) por motivos
desconhecidos.
Essa inflamação desencadeia vários problemas no corpo humano.
Uma pessoa que tem esclerose
múltipla pode se sentir desequilibrada, ter dores no corpo, ficar
com as pernas e os braços paralisados, ter alterações visuais (correndo o risco de ficar cega).
A esclerose múltipla não mata,
mas um caso crítico da doença pode deixar o paciente completamente imobilizado, sem enxergar
ou falar. Ele, no entanto, continua
consciente.
Até agora, nenhum remédio
conseguiu curar a doença.
Os surtos da esclerose múltiplas
são tratados com corticóide, que
agem rapidamente para acabar
com a inflamação. Os efeitos colaterais do corticóide (inchaço, catarata, perda de massa muscular
etc.) e as sequelas dos surtos estão
levando os médicos a buscar, cada
vez mais, remédios que evitem as
crises, como o copaxone.
A esclerose múltipla pode ser
progressiva ou apenas cíclica
(ocorrem surtos ao longo da vida).
O copaxone é indicado exatamente para os casos cíclicos, com o objetivo de evitar os surtos.
O acetato de glatirâmer - o
princípio ativo do copaxone- é
uma substância que se "disfarça"
na bainha de mielina e, com isso,
evita que ela seja atacada. Por motivos desconhecidos, a doença faz
com que a bainha seja vista como
um corpo estranho e ser atacada
-causando a inflamação.
O diagnóstico da esclerose múltipla é feito com uma soma de exames clínicos (checar se o paciente
apresenta os sintomas da doença)
e de uma ressonância magnética.
No Brasil, a incidência da doença é
considerada baixa. São cerca de 20
casos por 100 mil habitantes. Há
regiões onde a incidência da doença chega a 100 casos/mil habitantes.
(LUCIA MARTINS)
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