São Paulo, quarta, 5 de agosto de 1998

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Professor Leonardo, acusado de explodir avião da TAM, desaparece

CRISPIM ALVES
da Reportagem Local

O professor Leonardo Teodoro de Castro, acusado de ter explodido parte de um avião Fokker-100 da TAM no dia 9 de julho do ano passado, desapareceu.
Morando na casa de parentes em Divinópolis (124 km de Belo Horizonte), Castro teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça Federal em São Paulo na última sexta-feira. O mandado de prisão foi encaminhado anteontem pela manhã para a Superintendência da Polícia Federal em BH.
Ontem, uma equipe da PF foi até Divinópolis. No entanto, não encontrou o professor. Segundo a polícia, seus familiares se negaram a informar seu paradeiro.
No final da tarde de ontem, a Folha tentou entrar em contato com o advogado do acusado, Tales Castelo Branco, em seu escritório. Sua secretária informou que ele estava em uma reunião e não poderia ser interrompido. Foram deixados números telefônicos para que Castelo Branco entrasse em contato com a reportagem, o que não havia acontecido até as 19h.
Em Belo Horizonte, a PF informou que Castro estava sendo procurado em todo o Estado de Minas Gerais. O mesmo, segundo a PF-BH, estaria ocorrendo no país. Essa informação, no entanto, não foi confirmada pela direção da PF em Brasília, pois o expediente já havia terminado, de acordo com quem atendeu o telefone.
A explosão, provocada por uma bomba, causou a morte do engenheiro Fernando Caldeira de Moura, expelido para fora da aeronave. O professor foi denunciado sob as acusações de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado (por 50 vezes), tentativa de homicídio qualificado contra menores de 14 anos (oito vezes) -todas agravadas pelo emprego de materiais explosivos- e provocação de sinistro em meio de transporte aéreo.



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