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Advogado considera
provas só indícios
da Reportagem Local
O advogado do professor Leonardo Castro, Tales Castelo Branco, afirmou ontem que as provas
levantadas pela Polícia Federal
contra seu cliente são, na verdade,
apenas indícios.
Ele baseia sua afirmação no fato
de as buscas no apartamento do
professor terem sido, a seu ver, irregulares e na falta de um depoimento de Castro depois de os elementos químicos terem sido encontrados em sua casa.
Castelo Branco aponta várias irregularidades nas buscas feitas na
casa de seu cliente. "Para começar, o fato de terem sido duas buscas. O apartamento não tem mais
de 70 m2, então, para que duas
buscas?"
A falta de uma testemunha também foi destacada pelo advogado.
"Não que eu esteja duvidando da
PF, mas quem garante que esses
materiais foram mesmo apreendidos no apartamento?"
O advogado considera que a PF
deveria esperar pelo menos pela
recuperação de Castro para que ele
pudesse dizer porque os materiais
químicos estavam em sua casa, antes de indiciá-lo.
Para ele, o indiciamento de seu
cliente era natural tendo em vista o
desenrolar do inquérito. "A PF
não levantou outra hipótese e o resultado era natural para um inquérito malfeito e apressado."
Castelo Branco aguarda agora a
manifestação do Ministério Público. "Eu não acredito que o promotor (procurador) vá denunciá-lo (Castro). Acho que ele vai
pedir mais investigações."
As hipóteses são de a procuradoria denunciar Castro -o que inicia o processo criminal-, decidir
pelo arquivamento do caso ou devolver o inquérito à PF para mais
esclarecimentos e apurações.
Apesar de não revelar a linha que
pretende adotar na defesa de Castro, no caso de ele ser denunciado,
Castelo Branco afirmou que pretende analisar, está o histórico do
avião que fez o vôo 283.
"Pelo que sei, o histórico da aeronave não é bom e nós não podemos afastar a hipótese de falha estrutural." Ao ser lembrado de que
a Aeronáutica já investigou e descartou essa possibilidade, ele disse:
"Mas pode ter havido alguma falha nessa apuração."
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