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Lembo diz que vai "equacionar problema" de indenizações
MARIANA TAMARI
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
Cláudio Lembo (PFL), disse,
ontem, que vai "equacionar o
problema" do pagamento de indenização às famílias de agentes penitenciários vítimas dos
ataques da facção PCC.
Porém, a seguradora que
presta serviços à SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) disse que os contratos
feitos com o Estado não cobrem mortes fora do expediente, caso de 11 dos 15 agentes vitimados pelos ataques.
"O que eu tenho com o Estado é um contrato para pagar sinistros ocorridos no expediente", diz o diretor da American
Life - Companhia de Seguros,
Francisco de Assis Fernandes.
A SAP disse ontem que está
estudando com a seguradora
uma alternativa para a indenização dos agentes. A empresa,
contudo, afirmou que não há
nada que possa fazer sobre os
casos já ocorridos. "O contrato
dos agentes pode ser alterado
para que isso não ocorra mais,
mas não tem como mudarmos
os contratos anteriores. Isso
faz parte da burocracia do próprio Estado", disse Fernandes.
"Eu vou continuar pensando
e vou tentar resolver, vou equacionar o problema", afirmou
ontem o governador.
O próximo passo a ser tomado pelas famílias que lutam pelo direito à indenização é entrar
com ação na Defensoria Pública do Estado, o que, segundo
Luiz Antônio dos Santos, diretor do Sifuspesp (Sindicato dos
Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo), faz parte de
um "duplo sofrimento" causado às famílias.
"É lamentável a posição do
governo, que está deixando as
famílias totalmente desamparadas", disse Mara Cleiss, 43,
viúva do agente Robson Cleiss,
46, morto em maio.
Ela deu entrada no pedido
em 2 de julho e deveria ter recebido ontem a primeira parcela,
mas diz que o dinheiro ainda
não foi incluído na folha de pagamento deste mês.
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