São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2001

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Almoço grátis garante presença

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A greve nas federais está provocando um situação inusitada no Hospital das Clínicas de Recife. Além de pagar transporte e almoço aos funcionários que forem trabalhar, o superintendente Éfrem Maranhão disse que foi buscar de carro, ontem, a equipe necessária para realizar um transplante de fígado.
O atraso no pagamento dos salários dos servidores da instituição, mantida pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), reduziu em até 70% o número de funcionários na instituição.
Os setores mais afetados foram os de manutenção e o técnico-administrativo, que recebem salários menores. A falta desses servidores, porém, provocou um "efeito dominó" que praticamente paralisou o hospital.
"Sem a equipe de limpeza e sem enfermeiras não há como fazer cirurgias, por exemplo", disse Maranhão. Segundo ele, os funcionários alegaram que, sem dinheiro, não têm como se deslocar para o local de trabalho. Para evitar a paralisação de serviços essenciais, Maranhão oferece almoço e transporte de graça.
A greve também tem colaborado para reduzir os atendimentos no hospital, que tem 336 leitos e é um dos maiores do Estado de atendimento gratuito.
Na semana anterior ao início da greve, iniciada em agosto, a instituição registrou 4.534 consultas ambulatoriais. Na semana passada, foram 630.
A direção da instituição informou que o salário dos servidores do hospital será depositado hoje.



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